Introdução
O personagem Enoque é um dos grandes mistérios biográficos da Bíblia, nas Escrituras só existem três passagens que falam sobre ele (Genesis 5:21-24 / Hebreus 11:5/ Judas 14,15), apesar de serem poucos textos que o mencionam, entretanto são importantes para entender sobre esse personagem misterioso.
Enoque nasceu na sétima geração de Adão, devido ao pecado da humanidade percebe-se neste período que Deus estava afastado da mesma, porém Enoque era temente a Deus, as Escrituras quando falam sobre ele sempre enfatizam que era um homem que tinha por princípio agradar ao Senhor.
Enoque, como relata o livro do Gênesis, seguiu o exemplo de Abel que adorava verdadeiramente a Deus, algo que não acontecia na época, todos nestes tempos não estavam preocupados em adorar ao Eterno, mas como diz as Escrituras, Enoque andava com Deus.
O mesmo também é conhecido por sua versão que pertence ao cânon bíblico etíope no que diz respeito ao texto em si.
Essa relação é importante à compreensão devida a ligação histórica entre esta nação e a própria cosmovisão judaica, isso fica muito claro pelo relacionamento que Salomão teve com a Rainha de Saba.
Dito isso qual seria a importância desta obra?
O texto aqui apresentado, além de fazer pontuações históricas com o judaísmo, também faz relações históricas com as Escrituras, diretamente para aqueles que tem a pretensão de analisar as Escrituras de uma forma mais externa é de grande relevância a leitura deste livro.
Pois o mesmo nos apresenta sobre a teologia dos anjos, e também dos demônios que será desenvolvida apenas no Novo Testamento, entretanto quando vamos para o capitulo 6 de Gênesis percebe-se algumas explicações plausíveis para a questão.
Para um bom estudante ou professor de teologia que tem apreço por desvendar assuntos mais obscuros ou até mesmo que traga certo tom de polemica é um livro indispensável.
Possui um caráter histórico fantástico, bases extremamente relevantes e percepções que vão além do “véu de maia”, algo que hoje percebe-se a nítida necessidade. Pessoas que tenham coragem de questionar.
Autor Enoque. Separação de Capítulos e Versículos, Tiago Sampaio Cruz.
Capítulo 1
1As palavras das bênçãos de Enoque, com as quais ele abençoou os eleitos e os justos, os quais devem existir nos tempos da tribulação, rejeitando toda iniqüidade e mundanismo. Enoque, um homem justo, o qual estava com Deus, respondeu e falai com Deus enquanto seus olhos estavam abertos, e enquanto via uma santa visão dos céus. Isto os anjos me mostraram.
2Deles eu ouvi todas as coisas e entendi o que vi; coisas que não terão lugar nesta geração, mas numa geração que deve acontecer num tempo distante, por causa dos eleitos.
3A respeito deles eu falei e conversei com Ele, o qual virá de Sua habitação, o Santo e Poderoso, o Deus do mundo: O qual pisará sobre o Monte Sinai; aparecerá com Suas hostes e se manifestará com a força do Seu poder dos céus.
4Todos estarão temerosos e as Sentinelas estarão aterrorizados. Grande temor e tremor se apoderarão deles, mesmo aos confins da terra. As alturas das montanhas serão abaladas, e os altos montes serão abatidos, derretidos como o favo de mel na chama de fogo. A terra será imersa e todas as coisas que nela estão perecerão; enquanto julgamento virá sobre todos, mesmo sobre todos os justos:
5Mas a eles será dada paz: Ele preservará os eleitos e para com eles exercitará clemência. Então todos pertencerão a Deus, serão felizes e abençoados, e o esplendor da Divindade os iluminará.
6Eis que Ele vem com dezenas de milhares dos Seus santos para executar julgamento sobre os pecadores e destruir o iníquo, e reprovar toda coisa carnal e toda coisa pecaminosa e mundana que foi feita, e cometida contra Ele. (Obs) Texto Citado por Judas, versículos. 14, 15.
7Todos os que estão nos céus sabem o que transcorre lá. Eles sabem que as luminárias celestes não mudam seus caminhos; que cada uma nasce e se põe regularmente, cada uma a seu próprio tempo, sem transgredir os mandamentos que receberam. A VISÃO da terra, e entendem o que deve acontecer, desde o princípio até o seu fim.
8Eles vêem que toda obra de Deus é invariável no período de seu aparecimento. Eles vêem o verão e o inverno: percebendo que toda terra está repleta de água; e que a nuvem, o orvalho, e a chuva refrescam-na.
9Eles consideram e vêem cada árvore, como aparecem para depois murchar, e toda folha, para depois cair, exceto de quatorze árvores, as quais não são efêmeras, e esperam pelo aparecimento das folhas novas por dois ou três invernos.
10Novamente eles consideram os dias de verão, que o sol está sobre a terra desde o princípio; enquanto tu procuras por uma cobertura e por um lugar sombreado por causa do sol ardente; enquanto a terra é queimada com calor fervente, e tu te tornas incapaz de andar sobre a terra ou sobre as rochas em conseqüência do calor.
Capítulo 2
1Eles consideram como as árvores, quando elas dão suas folhas verdes, cobrem-se e produzem frutos; entendendo tudo, e sabendo que Ele, o qual vive para sempre, faz todas estas coisas por causa de vós:
2Que as obras desde o princípio de todo ano existente, que todas as suas obras são obedientes a Ele e invariáveis; assim como Deus determinou, assim todas as coisas acontecem.
3Eles vêem também como os mares e os rios juntos completam suas respectivas operações:
Mas tu resistes impacientemente, não cumpres os mandamentos do Senhor, mas transgrides e calunias a Sua grandiosidade; e malditas são as palavras em tua boca poluída contra Sua majestade.
4Tu, murcho de coração, a paz não estará contigo! Portanto teus dias te amaldiçoarão, e os anos de tua vida perecerão; execração perpétua se multiplicará, e não obterás misericórdia.
5Nestes dias tu resignas tua paz com a eterna maldição de todos os justos, e os pecadores perpetuamente te execrarão; les te execrarão com tudo o que não é divino.
6Os eleitos possuirão luz, alegria e paz; e herdarão a terra. Mas tu, que não és santo, serás amaldiçoado. Então a sabedoria será dada aos eleitos, todos os que viverão, e não transgredirão por impiedade ou orgulho, mas humilhar-se-ão, processando prudência, e não repetirão transgressão.
7Eles não condenarão todo o período das suas vidas, não morrerão em tormento e indignação; mas a soma dos seus dias se completará, e envelhecerão em paz; enquanto os anos de sua felicidade se multiplicarão em alegria, e com paz, para sempre, em toda a duração de sua existência.
Capítulo 3
1E aconteceu depois que os filhos dos homens se multiplicaram naqueles dias, nasceram-lhe filhas, elegantes e belas. E quando os anjos, os filhos dos céus, viram-nas, enamoraram-se delas, dizendo uns para os outros: Vinde, selecionemos para nós mesmos esposas da progênie dos homens, e geremos filhos.
2Então seu líder Samyaza disse-lhes: Eu temo que talvez possais indispor-vos na realização deste empreendimento; E que só eu sofrerei por tão grave crime. Mas eles responderam-lhe e disseram: Nós todos juramos;
3(e amarraram-se por mútuos juramentos), que nós não mudaremos nossa intenção mas executamos nosso empreendimento projetado. Então eles juraram todos juntos, e todos se amarraram (ou uniram) por mútuo juramento. Todo seu número era duzentos, os quais descendiam de Ardis, o qual é o topo do monte Armon.
4Aquele monte portanto foi chamado Armon, porque eles tinham jurado sobre ele, e amarraram-se por mútuo juramento.
5Estes são os nomes de seus chefes: Samyaza, que era o seu líder, Urakabarameel, Akibeel, Tamiel, Ramuel, Danel, Azkeel, Saraknyal, Asael, Armers, Batraal, Anane, Zavebe, Samsaveel, Ertael, Turel, Yomyael, Arazyal. Estes eram os prefeitos dos duzentos anjos, e os restantes estavam todos com eles.
6Então eles tomaram esposas, cada um escolhendo por si mesmo; as quais eles começaram a abordar, e com as quais eles coabitaram, ensinando-lhes sortilégios, encantamentos,e a divisão de raízes e árvores.
E as mulheres conceberam e geraram gigantes, O texto grego varia consideravelmente do etíope aqui.
7Um manuscrito grego acrescenta a esta secção, "E elas [as mulheres] geraram a eles [as Sentinelas] três raças: os grandes gigantes. Os gigantes trouxeram [alguns dizem “mataram"] os Naphelim, e os Naphelim trouxeram [ou "mataram"] os Elioud. E eles sobreviveram, crescendo em poder de acordo com a sua grandeza." Veja o registro no Livro dos Jubileus.
8Cuja estatura era de trezentos cúbitos. Estes devoravam tudo o que o labor dos homens produzia e tornou-se impossível alimentá-los; Então eles voltaram-se contra os homens, a fim de devorá-los;
9E começaram a ferir pássaros, animais, répteis e peixes, para comer sua carne, um depois do outro, e para beber seu sangue.
Capítulo 4
1Além disso, Azazyel ensinou os homens a fazerem espadas, facas, escudos, armaduras (ou peitorais), a fabricação de espelhos e a manufatura de braceletes e ornamentos, o uso de pinturas, o embelezamento das sobrancelhas, o uso de todo tipo selecionado de pedras valiosas, e toda sorte de corantes, para que o mundo fosse alterado.
2A impiedade foi aumentada, a fornicação multiplicada; e eles transgrediram e corromperam todos os seus caminhos. Amazarak ensinou todos os sortilégios, e divisores de raízes:
3Armers ensinou a solução de sortilégios; Barkayal ensinou os observadores das estrelas, Akibeel ensinou sinais; Tamiel ensinou astronomia;
4E Asaradel ensinou o movimento da lua,E os homens, sendo destruídos, clamaram, e suas vozes romperam os céus.
5Então Miguel e Gabriel, Radael, Suryal, e Uriel, olharam abaixo desde os céus, e viram a quantidade de sangue que era derramada na terra, e toda a iniqüidade que era praticada sobre ela, e disseram um ao outro; Esta é a voz de seus clamores; A terra desprovida de seus filhos tem clamado, mesmo até os portões do céu.
6E agora a ti, ó Santo dos céus, as almas dos homens queixam-se, dizendo: Obtém justiça para conosco com o Altíssimo. Então eles disseram ao seu Senhor, o Rei: Tu és Senhor dos senhores, Deus dos deuses, Rei dos reis. O trono de Tua glória é para sempre e sempre, e para sempre seja Teu nome santificado e glorificado.
7Tu fizeste todas as coisas; Tu possuis poder sobre todas as coisas; e todas as coisas estão abertas e manifestas diante de Ti. Tu vês todas as coisas e nada pode esconder-se de Ti.
8Tu viste o que Azazyel tem feito, como ele tem ensinado toda espécie de iniqüidade sobre a terra, e tem aberto ao mundo todas as coisas secretas que são feitas nos céus.
9Samyaza também tem ensinado sortilégios, para quem Tu deste autoridade sobre aqueles que estão associados Contigo. Eles tem ido juntos às filhas dos homens, têm-se deitado com elas; têm-se contaminado; E têm descoberto crimes a elas.
10As mulheres igualmente têm gerado gigantes. Assim toda a terra tem se enchido de sangue e iniqüidade. E agora, vês que as almas daqueles que estão mortos clamam.
11E queixam-se até ao portão do céu. Seus gemidos sobem; nem podem eles escapar da injustiça que é cometida na terra. Tu conheces todas as coisas, antes de elas existirem.
12Tu conheces estas coisas, e o que tem sido feito por eles; já Tu não falas a nós. O que, por conta destas coisas, devemos fazer contra eles?
Capítulo 5
1Então o Altíssimo, o Grande e Santo falou, E enviou a Arsayalalyur ao filho de Lamech, Dizendo: Diz a eles em Meu nome: Esconde-te. Então explicou-lhe a consumação que está preste a acontecer; pois toda a terra perecerá; as águas do dilúvio virão sobre toda a terra, e todas os que estão nela serão destruídos.
2E agora, ensina-o como ele pode escapar, e como sua semente pode permanecer em toda a terra. Novamente o Senhor disse a Rafael: Amarra a Azazyel, mãos e pés; lança-o na escuridão; e abrindo o deserto que está em Dudael, lança-o nele.
3Arremessa sobre ele pedras agudas, cobrindo-o com escuridão; Lá ele permanecerá para sempre; cobre sua face, para que ele não possa ver a luz. E no grande dia do julgamento lança-o ao fogo.
4Restaura a terra, a qual os anjos corromperam; e anuncia vida a ela, para que Eu possa recebê-la. Todos os filhos dos homens, sua descendência, não perecerão em consequência de todo segredo, pelo qual as Sentinelas têm destruído, e o que eles ensinaram;
5Toda a a terra tem se corrompido pelos efeitos dos ensinamentos de Azazyel. A ele, portanto, se atribui todo crime.
6A Gabriel também o Senhor disse: Vai aos bastardos, aos réprobos, aos filhos da fornicação; e destrói os filhos da fornicação, a descendência das Sentinelas de entre os homens; traga-os e excita-os uns contra os outros. Faça-os perecer por mútua matança; pois o prolongamento de dias não será deles.
7Eles rogarão a ti, mas seus pais não obterão seus desejos com respeito a eles; pois eles esperaram por vida eterna, e que eles possam viver, cada um deles, quinhentos anos.
8A Miguel, igualmente o Senhor disse: Vai e anuncia seus próprios crimes a Samyaza, e aos outros que estão com ele, os quais têm se associado às mulheres para que se contaminem com toda sua impureza. E quando todos os seus filhos forem mortos, quando eles virem a perdição dos seus bem-amados, amarra-os por setenta gerações debaixo da terra, mesmo até o dia do julgamento, e da consumação, até o julgamento, cujo efeito que dura para sempre, seja completado.
9Então eles serão levados para as mais baixas profundezas do fogo em tormentos; lá eles serão encerrados em confinamento para sempre.
10Imediatamente depois disso ele, juntamente com os outros, queimarão e perecerão; eles serão amarrados até a consumação de muitas gerações.
Destrói todas as almas viciadas na luxúria, e a descendência das Sentinelas, pois eles tiranizam a humanidade.
11Que todo opressor pereça na face da terra; Que toda má obra seja destruída; A semente da justiça e da retidão apareça, e o que é produtivo torne-se uma bênção.
12Justiça e retidão serão plantados para sempre com prazer.E então todos os santos darão graças, e viverão até terem gerado milhares de filhos, enquanto todo o período se sua juventude, e seus sábados, serão completados em paz. Naqueles dias toda a terra será cultivada em retidão; ela será totalmente cultivada com árvores, e será cheia de bendições; toda árvore de delícias será plantada nela.
13Vinhas serão plantadas; e a vinha que nela será plantada produzirá frutos para saciedade; toda semente que nela será semeada produzirá mil por uma medida; e uma medida de olivas produzirá dez prensas de óleo.
14Purifica a terra de toda opressão, de toda injustiça, de todo crime, de toda impiedade, e de toda impureza que é cometida sobre ela. Extermina-os da terra.
15Então todos os filhos dos homens serão justos, e todas as nações me pagarão divinas honras, e Me abençoarão; e todos Me adorarão. A terra será limpa de toda corrupção, de toda punição e de todo sofrimento; Eu não enviarei novamente dilúvio sobre ela, de geração em geração para sempre.
16Naqueles dias Eu abrirei tesouros de bênçãos que estão nos céus, para que Eu possa fazê-las descer sobre a terra, e sobre todos os trabalhos e labores do homem. Paz e eqüidade se associará aos filhos dos homens todos os dias do mundo, em cada uma de suas gerações.
Capítulo 6
1Antes de todas estas coisas acontecerem, Enoque esteve escondido; e nenhum dos filhos dos homens sabia onde ele estava, onde ele havia estado, e o que havia acontecido.
2Ele esteve totalmente engajado com os santos, e com as Sentinelas em seus dias. Eu, Enoque, fui abençoado pelo grande Senhor e Rei da paz. E eis que as Sentinelas chamaram-me Enoque, o escriba.
3Então o Senhor disse-me: Enoque, escriba da retidão, vai e dize às Sentinelas dos céus, os quais desertaram o alto céu e seu santo e eterno estado, os quais foram contaminados com mulheres.
4E fizeram como os filhos dos homens fazem, tomando para si esposas, e os quais têm sido grandemente corrompidos na terra;
5Que na terra eles nunca obterão paz e remissão de pecados. Pois eles não se regozijarão em sua descendência; eles verão a matança dos seus bem-amados; lamentarão a destruição dos seus filhos e farão petição para sempre; mas não obterão misericórdia e paz.
6Então Enoque, passando ali, disse a Azazyel: Tu não obterás paz. Uma grande sentença há contra ti. Ele te amarrará; Socorro, misericórdia e súplica não estarão contigo por causa da opressão que tens ensinado;
7E por causa de todo ato de blasfêmia, tirania e pecado que tens descoberto aos filhos dos homens. Então partindo dele, falei a eles todos juntos; E eles todos ficaram apavorados, e tremeram;
8Abençoando-me por escrever por eles um memorial de súplica, para que eles pudessem obter perdão; e que eu fizesse um memorial de suas orações ascendendo diante do Deus do céu; porque eles, por si mesmos, desde então não podiam dirigir-se a Ele, nem levantar seus olhos aos céus por causa da infame ofensa com a qual eles foram julgados.
9Então eu escrevi um memorial de suas orações e súplicas, por seus espíritos, por tudo o que eles haviam feito, e pelo assunto de sua solicitação, para que eles obtivessem remissão e descanso.
10Procedendo nisso, eu continuei sobre as águas de Danbadan, as quais estão da direita para o oeste de Armon, lendo o memorial de suas orações, até que caí adormecido.
11E eis que um sonho veio a mim, e visões apareceram acima de mim. E caí e vi uma visão de castigos, para que eu pudesse ralatá-la aos filhos dos céus, e reprová-los. Quando eu acordei fui até eles. Todos estavam reunidos chorando em Oubelseyael, que está situada entre o Libano e Seneser, com suas faces escondidas.
12E relatei em sua presença todas as visões que eu havia visto, e meu sonho; E comecei a pronunciar estas palavras de retidão, reprovando as Sentinelas do céu.
Capítulo 7
1Este é o livro das palavras de retidão, e de reprovação das Sentinelas, os quais pertencem ao mundo, de acordo com o que Ele, que é santo e grande, ordenou na visão. Eu percebi em meu sonho que eu estava então falando com a língua da carne, e com meu fôlego, que o Poderoso colocou na boca dos homens, para que eles pudessem conversar com Ele.
2Eu entendi com o coração. Assim como Ele havia criado e dado aos homens o poder de compreender a palavra de entendimento, assim criou, e deu a mim o poder de reprovar os Sentinelas, a geração dos céus. E escrevi sua petição; e na minha visão foi-me mostrado que seu pedido não lhes será atendido enquanto o mundo perdurar.
3Julgamento passou sobre vós: vosso pedido não vos será atendido. De agora em diante, nunca ascendereis ao céu; Ele o disse que na terra Ele vos amarrará, tanto tempo quanto o mundo existir.
4Mas antes destas coisas tu verás a destruição dos vossos bem-amados filhos; não os possuireis, mas eles cairão diante de vós pela espada. Nem pedireis por eles, nem por vós mesmos; Mas chorareis e suplicareis em silêncio. As palavras do livro que eu escrevi.
5Uma visão então me apareceu. Eis que naquela visão, nuvens e névoa convidaram-me; estrelas agitadas e brilho de relâmpagos impeliram-me e pressionaram-me adiante, enquanto ventos na visão assistiram meu vôo, acelerando meu progresso.
6Eles elevaram-me no alto ao céu. Eu prossegui, até que cheguei próximo dum muro construído com pedras de cristal. Uma chama de fogo vibrante rodeou-o, a qual começou a golpear-me com terror. Nesta chama de fogo vibrante eu entrei;
7E aproximei-me de uma espaçosa habitação, também construída com pedras de cristal. Seus muros também, bem como o pavimento, eram formados com pedras de cristal, e de cristal também era o piso. Seu telhado tinha a aparência de estrelas agitadas e brilhos de relâmpagos; e entre eles haviam querubins de fogo num céu tempestuoso. Uma chama queimava ao redor dos muros; e seu portal queimava com fogo. Quando eu entrei nesta habitação, ela era quente como fogo e frio como o gelo. Nenhum traço de encanto ou de vida havia lá. O terror sobrepujou-me, e um tremor de medo apoderou-se de mim.
8Violentamente agitado e tremendo, eu caí sobre minha face. Na visão eu olhei. E ví que lá havia outra habitação mais espaçosa que a primeira, cada entrada da qual estava aberta diante de mim, elevada no meio da chama vibrante.
9Tão grandemente superou em todos os pontos, em glória, em magnificência, em magnitude, que é impossível descrever-vos o esplendor ou a extensão dela. Seus pisos eram de fogo, acima haviam relâmpagos e estrelas agitadas, enquanto o telhado exibia um fogo ardente.
10Eu examinei-a atentamente e vi que ela continha um trono exaltado; A aparência do qual era semelhante à da geada, enquanto que sua circunferência assemelhava-se à órbita do sol brilhante; e havia a voz de um querubim.
11Debaixo desse poderoso trono saíam rios de fogo flamejante. Olhar para ele foi impossível. Alguém grande em glória assentava-se sobre ele, Cujo manto era mais brilhante que o sol, e mais branco que a neve.
Nenhum anjo era capaz de penetrar para olhar a Sua face, o Glorioso e Efulgente; nem podia algum mortal vê-Lo. Um fogo flamejante rodeava-O.
12Também um fogo de grande extensão continuava a elevar-se diante dEle; de modo que nenhum daqueles que estavam ao redor dEle eram capazes de aproximar-se dEle, entre as miríades de miríades que estavam diante dEle. Para Ele santa consulta era desnecessária. Contudo, o Santificado, que estava próximo dEle, não apartou-se dEle nem de noite nem de dia; nem eram eles tirados de diante dEle.
13Eu também estava tão adiantado, com um véu sobre minha face, e trêmulo. Então o Senhor com sua própria boca chamou-me, dizendo: Aproxima-se aqui acima, Enoque, à minha santa palavra. E Ele ergueu-me, fazendo aproximar-me, mesmo até à entrada. Meus olhos estavam dirigidos para o chão.
Capítulo 8
1Então dirigindo-se para mim, Ele falou e disse: Ouve, não se atemorize, justo Enoque, tu escriba da retidão: aproxima-te para cá, e ouve a minha voz. Vai, dize às Sentinelas do céu, a quem te enviei para rogar por eles; tu deves rogar pelos homens, e não os homens por ti.
2Portanto, deves abandonar o sublime e santo céu, o qual permanece para sempre; deitastes com mulheres; vos corrompestes com as filhas dos homens; tomastes para ti esposas; agistes igual aos filhos da terra, e gerastes uma ímpia descendência.
3Sois espirituais, santos, e possuidores de uma vida que é eterna; vos contaminastes com mulheres, procriastes em sangue carnal; cobiçastes o sangue de homens; e fizestes como aqueles que são carne e sangue fazem.
4Estes, contudo, morrem e perecem. Portanto, de agora em diante Eu dou-vos esposas, para que possais coabitar com elas; para que filhos nasçam delas; e que isto seja negociado sobre a terra.
5Mas desde o princípio fostes feitos espirituais, possuindo uma vida que é eterna, e não sujeito à morte para sempre. Portanto, eu não fiz esposas para vós, porque, sendo espirituais, vossa habitação está no céu,
6Agora, os gigantes que têm nascido de espírito e de carne, serão chamados sobre a terra de maus espíritos, e na terra estará a sua habitação. Maus espíritos procederão de sua carne, porque eles foram criados de cima; dos santos Sentinelas foi seu princípio e a sua primeira fundação. Maus espíritos eles serão sobre a terra, e de espíritos da maldade eles serão chamados. A habitação dos espíritos do céu será no céu, mas sobre a terra estará a habitação dos espíritos terrestriais, os quais são nascidos na terra.
7Os espíritos dos gigantes serão semelhantes às nuvens, os quais oprimem, corrompem, caem, contendem e confundem sobre a terra. Eles causarão lamentação. Nenhuma comida eles comerão; e terão sede; eles se esconderão e não se levantarão contra os filhos dos homens, e contra as mulheres; pois eles virão durante os dias da matança e da destruição.
Capítulo 9
1E quanto à morte dos gigantes, onde quer que seus espíritos se apartem de seus corpos; que sua carne, que é perecível, esteja sem julgamento. Assim eles perecerão, até o dia da grande consumação do mundo. Uma destruição das Sentinelas e dos ímpios acontecerá.
2E então às Sentinelas, aos quais enviei-te para rogar por eles, os quais no princípio estavam no céu, Dize: No céu tens estado; coisas secretas, entretanto, não têm sido manifestadas a ti; contudo tens conhecido um reprovável mistério.
3E isto tens relatado às mulheres na dureza do vosso coração, e por aquele mistério as mulheres e a humanidade têm multiplicado males sobre a terra.
Dize a eles: Nunca, portanto, obtereis paz.
4Eles levantaram-me a um certo lugar, onde lá havia a aparência de um fogo fervente; e quando eles se agradaram assumiram a semelhança de homens. Eles levaram-me a um alto lugar, a uma montanha, cujo topo alcançava o céu.
5E eu vi os receptáculos da luz e do trovão nas extremidades do lugar, onde ele era profundo. Havia um arco de fogo, e flechas em seu vibrar, uma espada de fogo, e toda espécie de relâmpagos.
6Então eles levaram-me a um arroio murmurante, e a um fogo no oeste, o qual recebeu todo pôr-do-sol. Eu vim a um rio de fogo, o qual fluiu como água, e desaguou no grande mar para o oeste.
7Eu vi todo largo rio, até que cheguei à grande escuridão. Eu fui para onde toda carne migra; e vi as montanhas da escuridão as quais constituem o inverno, e o lugar do qual flui a água em cada abismo. Eu vi também as bocas de todos os rios no mundo, e as bocas das profundezas.
Capítulo 10
1Eu então examinei os receptáculos de todos os ventos, percebendo que eles contribuem para adornar toda criação, e para preservar a fundação da terra. Eu examinei a pedra que apóia os cantos da terra.
2Também vi os quatro ventos, os quais sustêm a terra, e o firmamento do céu. E eu vi os ventos ocupando o céu exaltado, Surgindo no meio do céu e da terra, e constituindo os pilares do céu.
3Eu vi os ventos que giram no céu, os quais ocasionam e determinam a órbita do sol e de todas as estrelas; e sobre a terra eu vi os ventos que mantêm as nuvens. Eu vi o caminho dos anjos.
4Percebi na extremidade da terra o firmamento do céu acima dele. Então passei para a direção do sul,
Onde queimam, tanto de dia quanto de noite, seis montanhas formadas de gloriosas pedras, três em direção ao leste, e três em direção ao sul.
5Aquelas que estão em direção ao leste eram de pedra multicolorida, uma das quais era de margarite, e outra de antimônio. Aquelas em direção ao sul eram de uma pedra vermelha. A do meio aproximava-se do céu como o trono de Deus; um trono composto de alabastro, o topo do qual era de safira. Vi também um fogo flamejante suspenso sobre todas as montanhas.
6E lá eu vi um lugar do outro lado de um extenso território, onde águas foram coletadas. Também vi fontes terrestriais, profundas em colunas ardentes do céu.
7E nas colunas do céu eu vi fogos, os quais desciam sem número, mas nem no alto, ou no profundo. Sobre estas fontes também percebi um lugar onde não havia nem o firmamento do céu acima dele, nem o sólido chão abaixo dele; nem havia água acima; ou nada no vento; mas o lugar era desolado.
8E lá eu vi sete estrelas, semelhantes a grandes montanhas, e como espíritos suplicando-me.
Então o anjo disse: Este lugar, até a consumação do céu e da terra, será a prisão das estrelas, e das hostes do céu.
9As estrelas que rolam sobre fogo são aquelas que transgrediram o mandamento de Deus antes que seu tempo chegasse; pois elas não vieram em sua própria estação. Portanto, Ele ofendeu-se com elas, e amarrou-as até o período da consumação dos seus crimes no ano secreto.
Capítulo 11
1Então Uriel disse: Eis aqui os anjos que coabitaram com mulheres, escolheram seus líderes;
E sendo numerosos em aparência profanaram os homens e fizeram com que errassem; assim eles sacrificaram aos demônios como aos deuses.
2Pois no grande dia haverá um julgamento, no qual eles serão julgados, até que sejam consumidos; e suas esposas também serão julgadas, as quais levaram desencaminhadamente os anjos do céu para que as saudassem. E eu, Enoque, só vi a aparência do fim de todas as coisas. Não tendo visto nenhum homem enquanto via as coisas.
3Estes são os nomes dos anjos Sentinelas:
Uriel, um dos santos anjos, o qual preside sobre o clamor e o terror. Rafael, um dos santos anjos, o qual preside sobre os espíritos dos homens.
4Raguel, um dos santos anjos, o qual inflige punição ao mundo e às luminárias. Miguel, um dos santos anjos, o qual, presidindo sobre a virtude humana, comanda as ações.
5Sarakiel, um dos santos anjos, o qual preside sobre os espíritos dos filhos dos homens que transgridem. Gabriel, um dos santos anjos, o qual preside sobre Ikisat, sobre o paraíso e sobre o querubim.
6Então eu fiz um circuito para um lugar no qual nada estava completo. E lá eu não vi nem as tremendas manufaturas do um céu exaltado, nem de uma terra estabelecida, mas um lugar desolado, preparado e terrível.
7Lá também vi sete estrelas do céu amarradas juntas, semelhantes a grandes montanhas, e semelhante ao fogo fervente. Eu exclamei: Por que espécie de crime elas foram amarradas, e por que foram removidas de seu lugar? Então Uriel, um dos santos anjos que estava comigo, e o qual conduzia-me, respondeu: Enoque, por que perguntas; por que arrazoas consigo mesmo, e ansiosamente indagas? Estas são aquelas estrelas que transgrediram o mandamento do altíssimo Deus; e estão aqui amarradas, até que o número infinito dos dias dos seus crimes esteja completo.
8Dali eu passei depois para um outro lugar terrível; Onde eu vi a operação de um grande fogo flamejante e resplandecente, no meio do qual havia uma divisão. Colunas de fogo lutando juntas para o fim do abismo, e profunda era sua descida. Mas sua medida e magnitude eu não fui capaz de descobrir, nem pude perceber sua origem. Então exclamei: Quão terrível é este lugar, e quão difícil explorá-lo!
9Uriel, um dos santos anjos que estava comigo, respondeu e disse: Enoque, por que estás alarmado e maravilhado com este terrível lugar, à vista deste lugar de sofrimento? Isto, disse ele, é a prisão dos anjos; e aqui eles serão mantidos para sempre.
Capítulo 12
1Dali eu me dirigi para outro lugar, onde vi a oeste uma grande e elevada montanha, uma forte rocha, e quatro lugares deleitosos. Internamente ele era profundo, espaçoso e plano: ele era profundo e escuro à vista.
2Então Rafael, um dos santos anjos que estava comigo, respondeu e disse: Estes são os lugares deleitosos onde os espíritos, as almas dos mortos, serão reunidos; para eles ele foi formado e aqui serão reunidas todas as almas dos filhos dos homens.
3Estes lugares, nos quais habitam, eles ocuparão até o dia do julgamento, e até seu período escolhido. Seu período escolhido será longo, mesmo até o grande julgamento. E vi os espíritos dos filhos dos homens que estão mortos; e suas vozes rompem o céu, enquanto eles são acusados.
4Então inquiri de Rafael, o anjo que estava comigo, e disse: Que espírito é aquele, a voz do qual alcança o céu, e acusa? Ele respondeu, dizendo: Este é o espírito de Abel o qual foi morto por Caim seu irmão; o qual acusará aquele irmão, até que sua semente seja destruída da face da terra;
5Até que sua semente desapareça da semente da raça humana. Naquele tempo portanto eu inquiri a respeito dele, e a respeito do julgamento geral, dizendo: Por que um está separado ou outro? Ele respondeu: Três separações foram feitas entre os espíritos dos mortos, e assim os espíritos dos justos foram separados,
6Nomeadamente, por uma fenda na terra, por água, e por luz acima dela. E da mesma maneira os pecadores são separados quando morrem, e são sepultados na terra; julgamento não os surpreenderá em seu tempo de vida.
7Aqui suas almas estão separadas. Além disso, abundante é seu sofrimento até o tempo do grande julgamento, o castigo, e o tormento daqueles que eternamente execraram, cujas almas são munidas e amarradas lá para sempre.
8E assim tem sido desde o princípio do mundo. Assim, existe uma separação entre as almas daqueles que proferem reclamações, e daqueles que vigiam pela sua destruição, para sua matança no dia dos pecadores.
9Um receptáculo deste tipo foi formado para as almas dos injustos, e dos pecadores; daqueles que cometeram crime, e se associaram aos ímpios, com os quais eles se assemelham.
10Suas almas não serão aniquiladas naquele dia de julgamento, nem se levantarão deste lugar. Então eu bendisse a Deus, E falei: Abençoado seja o meu Senhor, o Senhor da glória e da retidão, cujo reino será para sempre e sempre.
Capítulo 13
1Dali eu fui para outro lugar, em direção ao oeste, até às extremidades da terra, Onde vi um fogo resplandecente correndo ao longo sem cessar, com um curso não intermitente, nem de dia nem de noite; mas sempre o mesmo, continuadamente.
2Eu indaguei,dizendo: O que é isto, que nunca cessa? Então Raguel, um dos santos anjos que estava comigo, respondeu, E disse: Este fogo flamejante que tu vês correndo em direção ao oeste é aquele de todas as luminárias do céu.
3Eu fui dali para outro lugar, e vi uma montanha de fogo que resplandece tanto de dia quanto de noite. Fui em direção a ela e percebi sete esplêndidas montanhas, as quais eram diferentes umas das outras.
4Suas pedras eram brilhantes e belas; todas eram brilhantes e esplêndidas à vista e formosa era sua superfície. Três montanhas estavam em direção ao leste, consolidadas e fortalecidas por estarem colocadas uma sobre a outra; três estavam em direção ao sul, consolidadas de maneira similar. Três eram igualmente vales profundos, os quais não se acercavam uma da outra. A sétima montanha estava no meio delas. Em comprimento elas todas se assemelhavam ao assento de um trono, e árvores odoríferas rodeavam-nas.
5Entre estas havia uma árvore de um odor incessante; nem daquelas que estavam no Éden, havia lá alguma, de todas as árvores de fragrância, que cheirava como esta. Suas folhas, suas flores, nunca ficam murchas, e seu fruto era belo.
6Seu fruto assemelhava-se ao cacho da palmeira. Eu exclamei: Vê! Esta árvore é vistosa de aspecto, agradável em suas folhas, e o aspecto de seus frutos é delicioso à vista. Então Miguel, um dos santos anjos que estava comigo, e um dos que presidem sobre elas, respondeu,
7E disse: Enoque, por que inquires a respeito do odor desta árvore? Por que estás inquisitivo para sabê-lo? Então eu, Enoque, respondi-lhe, e disse: Concernente a tudo eu estou desejoso de instrução, mas particularmente com respeito a esta árvore.
8Ele respondeu-me dizendo: A montanha que tu vês, o prolongamento da qual assemelha-se ao assento do Senhor, será o assento no qual se assentará o Santo e grande Senhor da glória, o eterno Rei, quando Ele virá e descerá para visitar a terra com bondade.
9E aquela árvore de agradável aroma, não de um odor carnal; lá ninguém terá poder para toca-la até o tempo do grande julgamento. Quando todos serão punidos e consumidos para sempre; isto será conferido sobre os justos e humildes. O fruto da árvore será dado ao eleito. Pois em direção ao norte, vida será plantada no santo lugar, em direção à habitação do eterno Rei.
10Então eles se regozijarão grandemente e exultarão no Santo. O doce odor entrará em seus ossos; e eles viverão uma longa vida na terra como seus antepassados; em seus dias não haverá tristeza, angústia, aborrecimento e nem punição os afligirá.
11E eu abençoei o Senhor da glória, o eterno Rei, porque ele preparou esta árvore para os santos, formou-a, e declarou que Ele a daria para eles.
Capítulo 14
1Dali eu fui para o meio da terra, e vi um feliz e fértil lugar, o qual continha ramos espalhando-se continuamente das árvores que estavam plantadas nele. Ali eu vi uma santa montanha, e debaixo dela a água do lado de traz fluía em direção ao sul.
2Eu vi no oriente outra montanha tão alta quanto aquela; e entre elas havia um profundo, mas não largo vale. Água corria para a montanha para o ocidente dela; e debaixo dela havia igualmente outra montanha.
3Lá havia um vale, mas não um vale largo, abaixo; e no meio deles havia outro profundo e seco vale em direção da extremidade da árvore. Todos esses vales, que eram profundos, mas não oblíquo, consistia de uma forte rocha, com a árvore que estava plantada nela. E eu maravilhei-me com a rocha e o vale, ficando extremamente surpreso.
4Então eu disse: O que significa esta terra abençoada, e todas estas altas árvores, e o vale amaldiçoado entre elas?
5Então Uriel, um dos santos anjos que estava comigo, respondeu: Este vale é o amaldiçoado dos amaldiçoados para sempre. Aqui serão reunidos todos os que pronunciaram com suas bocas linguagem imprópria contra Deus, e falaram rudes coisas da Sua glória. Aqui eles serão reunidos. Aqui será seu território.
6Nos últimos dias um exemplo de julgamento será feito em retidão diante dos santos, enquanto aqueles que receberam misericórdia, para sempre, todos os dias, abençoarão a Deus, o eterno Deus.
7E no período do julgamento eles abençoarão a Ele por sua misericórdia, como Ele distribuiu-a a eles. Então eu abençoei a Deus, dirigindo-me a Ele, e fazendo menção, como foi reconhecida, Sua grandiosidade.
8Dali eu fui à direção do leste para o meio da montanha no deserto, do qual somente o nível da superfície eu percebi. Ele estava cheio de árvores da semente aludida; e água jorrava sobre ela.
9Ali apareceu uma catarata composta de muitas cachoeiras voltadas tanto para o oriente quanto para o ocidente. Sobre um lado havia árvores; sobre o outro água e orvalho.
Capítulo 15
1Então eu fui para outro lugar do deserto; em direção ao leste daquela montanha da qual eu havia me aproximado. Ali eu vi árvores escolhidas, particularmente aquelas que produzem o cheiro doce opiato, incenso e mirra; e árvores diferentes umas das outras.
2E sobre elas havia a elevação da montanha ocidental, a não grande distância. Igualmente vi outro lugar com vales de água que nunca param,
3Onde percebi uma agradável árvore, a qual em odor assemelha-se a Zasakinon. Em direção ao vale eu percebi o cinamomo de doce odor. Sobre eles avancei em direção ao leste.
4Então vi outra montanha contendo árvores, da qual água fluía como Neketro. Seus nomes eram Sarira, e Kalboneba. E sobre esta montanha eu vi outra montanha, sobre a qual haviam árvores de Alva.
5Estas árvores estavam cheias como amendoeiras, e fortes; e quando elas produziam frutos eram superiores a toda redondeza.
6Depois destas coisas, inspecionando as entradas do norte acima das montanhas, vi montanhas e percebi sete montanhas repletas de puro nardo, árvores odoríferas e papiro.
7Dali eu passei acima dos picos daquelas montanhas a alguma distância para o leste, e fui sobre o mar da Eritréia. E quando eu havia avançado para longe, além dele, passei ao longo, acima do anjo Zateel, e cheguei ao jardim da justiça. Neste jardim eu vi outras árvores, as quais eram numerosas e grandes, e floresciam ali.
8Sua fragrância era agradável e poderosa e sua aparência era tanto agradável quanto elegante. A árvore do conhecimento também estava ali, do qual se alguém comesse, tornava-se dotado de grande sabedoria.
9Ela era semelhante às espécies da tamareira, dando frutos semelhantes à uva extremamente fina, e sua fragrância estendia-se a considerável distância. Eu exclamei: Que bela é esta árvore e quão deleitável é sua aparência!
10Então o santo Rafael, um anjo que estava comigo, respondeu e disse: Esta é a árvore do conhecimento, da qual vosso antigo pai e vossa mãe comeram, os quais foram antes de ti e que obtendo conhecimento, seus olhos sendo abertos, e descobrindo que estavam nus, foram expulsos do jardim.
11Dali eu fui na direção das extremidades da terra, onde vi grandes feras diferentes umas das outras, e pássaros variados em suas aparências e formas, bem como com notas de diferentes sons.
12Para a direita destas feras eu percebi as extremidades da terra, onde os céus cessam. Os portões do céu estavam abertos e vi as estrelas celestiais vindo. Eu enumerei-as enquanto elas procediam do portão e escrevi-as todas, enquanto elas saiam uma por uma, de acordo com seu número.
13Eu escrevi seus nomes completamente, seus tempos e estações, enquanto o anjo Uriel, que estava comigo, mostrava-as a mim. Ele as mostrou todas a mim, e escrevi uma conta delas. Ele também escreveu para mim seus nomes, seus regulamentos, e suas operações.
Capítulo 16
1Dali eu avancei em direção ao norte, para as extremidades da terra. E ali vi a grande e gloriosa maravilha das extremidades de toda terra.
2Vi ali portões celestiais abertos para o céu, três dos quais distintamente separados. Os ventos do norte procediam deles, soprando frio, granizo, geada, neve, orvalho e chuva.
3De um dos portões eles sopravam suavemente, mas quando eles sopravam dos dois outros portões, ele era violento e forte. Eles sopravam sobre a terra fortemente. Dali eu fui para as extremidades do mundo para o oeste; Ali percebi três portões abertos, enquanto eu estava olhando no norte; os portões e passagens através deles era de igual magnitude.
4Então eu segui às extremidades da terra ao sul, onde vi três portões abertos para o sul, do qual provinha orvalho, chuva e vento.
5Dali eu fui para as extremidades do céu oriental, onde vi três portões celestiais abertos para o leste, os quais tinham portões menores dentro deles. Através de cada um desses portões menores as estrelas do céu passavam, e passaram para o oeste por um caminho que foi visto por elas, e todo o período de seu aparecimento.
6Quando eu as vi, as abençoei cada vez que elas apareceram, e abençoei o Senhor da glória que tinha feito estes grandes e esplêndidos sinais, para que eles pudessem mostrar a magnificência de suas obras aos anjos e às almas dos homens, e para que estes pudessem glorificar todas as suas obras e operações, pudessem ver os efeitos do seu poder; pudessem glorificar o grande labor de suas mãos e abençoá-lo para sempre.
7A visão que ele viu, a segunda visão de sabedoria, que Enoque viu, o filho de Jared, filho de Malaleel, o filho de Canan, filho de Enos, filho de Seth, filho de Adão. Este é o começo da palavra de sabedoria, a qual eu recebi para declarar e dizer àqueles que habitam sobre a terra. Ouvi desde o princípio, e entendei até o fim, as santas coisas que eu pronuncio na presença do Senhor dos espíritos. Aqueles que eram antes de nós pensaram-nas boas para se pronunciar;
8E nós, que viemos depois, obstruímos o princípio da sabedoria. Até ao presente tempo nunca aconteceu ter sido dado diante do Senhor dos espíritos o que eu recebi, sabedoria de acordo com a capacidade do meu intelecto, e de acordo com o prazer do Senhor dos espíritos; o que eu recebi dele, uma porção da vida eterna. E eu obtive três parábolas, as quais eu declarei aos habitantes do mundo.
Capítulo 17
1A primeira parábola. Quando a congregação dos justos for manifestada e os pecadores forem julgados por seus crimes, e forem afligidos à vista do mundo;
2Quando os justos forem manifestados na presença dos mesmos justos, os quais serão eleitos por suas boas obras corretamente pesadas pelo Senhor dos espíritos, e quando a luz dos justos e dos eleitos, o quais habitam na terra for manifestada; onde será a habitação dos pecadores? E qual será o lugar de descanso daqueles que rejeitaram o Senhor dos espíritos? Seria melhor para eles se nunca tivessem nascido.
3Quando os segredos dos justos também forem revelados, então os pecadores serão julgados e os ímpios serão afligidos na presença dos justos e eleitos.
4Daquele tempo, aqueles que possuírem a terra deixarão de ser poderosos e exaltados. Nem serão capazes de olhar para o semblante do santo, pois a luz dos semblantes dos santos, dos justos, e dos eleitos, terá sido visto pelo Senhor dos espíritos.
5Então os reis poderosos daquele tempo serão destruídos, mas serão entregues nas mãos dos retos e santos. Desde então ninguém obterá compaixão do Senhor dos espíritos, porque suas vidas neste mundo terá sido completada.
6Naqueles dias a raça eleita e santa descerá do céu e sua semente estará com os filhos dos homens. Enoque recebeu livros de indignação e ira, e livros de pressa e agitação.
7Nunca obterão misericórdia, diz o Senhor dos espíritos. Uma nuvem então me arrebatou, e o vento elevou-me acima da superfície da terra, colocando-me na extremidade dos céus.
8Lá eu vi outra visão, e vi as habitações e os lugares de descanso dos santos. Meus olhos viram suas habitações com os anjos, e seus lugares de descanso com os santos. Eles estavam entrando, suplicando e orando pelos filhos dos homens; enquanto a justiça fluía como a água diante deles, e a misericórdia se espalhava sobre a terra como o orvalho. E assim será para com eles para sempre e sempre.
9Naquele tempo os meus olhos viram a habitação do eleito, da verdade, fé e retidão. Sem conta será o número dos santos e eleitos na presença de Deus para sempre e sempre.
10Sua residência eu vi sob as asas do Senhor dos espíritos. Todos os santos e eleitos cantavam diante dele, com a aparência semelhante à chama de fogo; suas bocas estavam cheias de bênçãos e seus lábios glorificavam o nome do Senhor dos Espíritos. E retidão incessantemente habitava diante dele.
11Eu quis permanecer ali, e minha alma desejou aquela habitação. Ali estava minha antecedente herança, pois deste modo eu prevaleci diante do Senhor dos espíritos.
12Neste momento eu glorifiquei e exaltei o nome do Senhor dos espíritos com louvor e exaltação, pois Ele o tem estabelecido com bênção e com exaltação, de acordo com Sua própria boa vontade.
13Meus olhos contemplaram aquele espaçoso lugar. Eu o bendisse e falei: Abençoado seja, abençoado desde o princípio e para sempre. No princípio, antes que o mundo fosse criado, e sem fim é seu conhecimento.
14Qual é este mundo? De toda geração existente, eles abençoarão aquele que não dorme espiritualmente, mas permanece diante da Tua glória, abençoando, glorificando, exaltando-te, e dizendo: Santo, santo, o Senhor dos espíritos encheu o mundo todo de espíritos.
15Ali meus olhos viram a todos que, sem dormir, permanecem diante dele e abençoam-no dizendo: Abençoado sejas, e abençoado seja o nome de Deus para sempre e sempre. Então meu semblante ficou mudado, até que fiquei incapaz de continuar vendo.
Capítulo 18
1Depois disto eu vi milhares de milhares e miríades de miríades, e um número infinito de pessoas, em pé, diante do Senhor dos espíritos.
2Igualmente, nas quatro asas do Senhor dos espíritos, nos quatro lados, percebi outros, ao lado daqueles que estavam em pé diante dele. Seus nomes também eu sei porque o anjo que estava comigo declarou-os a mim, revelando-me toda coisa secreta.
3Então ouvi as vozes daqueles sobre os quatro lados, magnificando o Senhor da glória. A primeira voz abençoou o Senhor dos espíritos para sempre e sempre.
4A segunda voz ouvi abençoando ao Eleito e aos eleitos que sofrem pela causa do Senhor dos espíritos.
A terceira voz eu ouvi pedindo e orando em favor daqueles que habitam sobre a terra, e suplicam no nome do Senhor dos espíritos.
5A quarta voz eu ouvi expulsando os anjos ímpios, e proibindo-os de entrarem na presença do Senhor dos espíritos para proferirem acusações contra os habitantes da terra.
6Depois disso eu pedi ao anjo da paz, que prosseguia comigo, para explicar tudo o que estava escondido. Eu disse-lhe: Quem são aqueles que eu havia visto nos quatro lados e que palavras eram aquelas que eu havia ouvido e escrito? Ele respondeu: O primeiro é o misericordioso, o paciente, o santo Miguel.
7O segundo é aquele que preside sobre todo sofrimento e toda aflição dos filhos dos homens, o santo Rafael. O terceiro, o qual preside sobre tudo o que é poderoso é Gabriel. E o quarto, o qual preside sobre o arrependimento e a esperança daqueles que herdarão a vida eterna, é Fanuel. Estes são os quatro anjos do Altíssimo Deus e suas quatro vozes, as quais naquele momento eu ouvi.
Capítulo 19
1Depois disso eu vi os segredos do céu e do paraíso, de acordo com suas divisões, e das ações humanas enquanto eles pesavam-nas em balanças. Vi as habitações dos eleitos e as habitações dos santos. E ali meus olhos viram todos os pecadores que haviam negado o Senhor da glória e como eles foram expelidos dali, e arrastados para fora, como eles estiveram ali; nenhuma punição procedeu contra eles vinda do Senhor dos espíritos.
2Ali também meus olhos viram os segredos do raio e do trovão e os segredos dos ventos, como eles são distribuídos quando eles sopram sobre a terra: os segredos dos ventos, do orvalho, e das nuvens. Ali eu vi o lugar de onde eles saem e tornam-se saturados com o pó da terra.
3Ali eu vi os receptáculos de madeira nos quais os ventos são separados, o receptáculo do granizo, o receptáculo da neve, o receptáculo das nuvens, e a própria nuvem, a qual continuava sobre a terra antes da criação do mundo.
4Eu vi também os receptáculos da lua, de onde elas vêm, para onde elas vão, seus gloriosos retornos e como uma se torna mais esplêndida do que a outra. Eu marquei seu rico progresso, seu imutável progresso, sua divisão e não diminuído progresso; sua observância de uma fidelidade mútua por um juramento estável; seu procedimento diante do sol e sua aderência ao caminho que lhes foi distribuído, em obediência ao comando do Senhor dos espíritos. Potente é seu nome para sempre e sempre.
5Depois eu vi que o caminho da lua, tanto oculto quanto manifesto; e também o progresso dessa trajetória foram completados dia a dia, e à noite; enquanto cada uma, junto com a outra, olhou para o Senhor dos espíritos, magnificando-o e exaltando-o sem cessar, já que exaltá-lo, para eles, é repouso; pois no esplêndido sol há uma freqüente alteração para bênção e para maldição.
6O curso do caminho da lua para com os retos é luz, mas para os pecadores é escuridão; no nome do Senhor dos espíritos, o qual criou uma divisão entre luz e escuridão, e separando os espíritos dos homens, fortalecendo os espíritos dos justos em nome de sua própria retidão.
7O anjo não previne isto, nem é ele dotado de poder para preveni-lo, pois o Juiz vê a todos, e julga-os a todos na própria presença deles.
Capítulo 20
1A sabedoria não encontrou um lugar na terra onde pudesse habitar; sua habitação, portanto está no céu.
A sabedoria saiu para habitar entre os filhos dos homens, mas ela não obteve habitação. A sabedoria retornou ao seu lugar e assentou-se no meio dos anjos. Mas a iniqüidade saiu depois do seu retorno, a qual de má vontade encontrou uma habitação e residiu entre eles como chuva no deserto, e como o orvalho na terra seca.
2Eu vi outro esplendor, e as estrelas do céu. Eu observei que ele chamou-as todas por seus respectivos nomes, e que elas ouviram. Vi que ele pesou-as numa justa balança por sua luz e amplitude de seus lugares, o dia de seu aparecimento, e suas conversões. Esplendor produziu esplendor; e sua conversão foi o número dos anjos, e dos fiéis.
3Então eu perguntei ao anjo, que prosseguia comigo, e ele explicou-me coisas secretas, e quais eram seus nomes. Ele respondeu: O Senhor dos espíritos mostrou a ti uma similaridade disto. Eles são nomes dos justos que habitaram na terra, os quais acreditam no nome do Senhor dos espíritos para sempre e sempre.
4Outra coisa também vi com respeito ao esplendor; que ele sobe por causa das estrelas e torna-se esplendor, sendo incapaz de abandoná-las.
A segunda parábola, a respeito daqueles que negam o nome da habitação dos santos e do Senhor dos espíritos.
5Aos céus eles não ascenderão nem virão sobre a terra. Esta será a porção dos pecadores que negam o nome do Senhor dos espíritos e que estão assim reservados para o dia da punição e da aflição.
6Naquele dia o Eleito se assentará sobre um trono de glória e escolherá suas condições e suas incontáveis habitações, enquanto seus espíritos neles serão fortalecidos quando eles virem meu Eleito, pois esses fugiram por proteção para meu santo e glorioso nome. Naquele dia eu farei com que meu Eleito habite no meio deles; mudarei a face do céu; o abençoarei e o iluminarei para sempre.
7Eu também mudarei a face da terra, a abençoarei; e farei com que aqueles a quem elegi habitem sobre ela. Mas aqueles que cometeram pecado e iniqüidade não habitarão nela, pois Eu marquei seus procedimentos. Meus justos Eu satisfarei com paz, colocando-os diante de Mim; mas a condenação dos pecadores se aproximará, para que Eu possa destruí-los da face da terra.
Capítulo 21
1Ali eu vi o Ancião de dias, cuja cabeça era igual à branca lã, e com ele outro, cujo semblante assemelhava-se àquele do homem. Seu semblante era cheio de graça, igual àquele dos santos anjos. Então eu inquiri dos anjos que estavam comigo, e que me mostravam toda coisa secreta concernente a este Filho do homem, o qual foi; de onde Ele era e porque Ele acompanhou o Ancião de dias.
2Ele respondeu-me e disse: Este é o Filho do homem, ao qual a justiça pertence, com o qual a retidão tem habitado e o qual revelou todos os tesouros do que é escondido: pois o Senhor dos espíritos o tem escolhido e sua porção tem excedido a tudo diante do Senhor dos espíritos em eterna ascensão.
3Este Filho do homem, que tu vês, levantará reis e poderosos de seus lugares de habitação, e os poderosos de seus tronos; soltará as rédeas do poderoso, e quebrará em pedaços os dentes dos pecadores.
4Ele lançará reis dos seus tronos e de seus domínios porque eles não O exaltarão, O louvarão, nem se humilham diante dEle, pelo Qual seus reinos lhes foram dados. Igualmente o semblante do poderoso Ele lançará abaixo, enchendo-os de confusão. Escura será sua habitação e vermes serão sua cama; deste seu leito eles não esperam levantar-se novamente porque eles não exaltam o nome do Senhor dos espíritos.
5Eles condenarão as estrelas do céu, elevarão suas mãos contra o Altíssimo, caminham e habitam sobre a terra, exibindo todos os seus atos de iniqüidade, mesmo suas obras de iniqüidade. Sua força estará em suas riquezas e sua fé nos bens que têm formado com suas próprias mãos. Eles negarão o nome do Senhor dos espíritos e o expulsarão de seus templos, nos quais eles se reúnem; E com Ele o fiel, o qual sofre em nome do Senhor dos espíritos.
6Naquele dia a oração dos santos e dos justos e o sangue dos íntegros ascenderá da terra até a presença do Senhor dos espíritos. Naquele dia os santos se reunirão, os quais habitam nos céus, e com vozes unidas de petição, suplica, oração, louvor e bênção ao nome do Senhor dos espíritos, por conta do sangue dos justos que tem sido derramado, para que a oração dos justos não seja descontinuada diante do Senhor dos espíritos, para que por eles se execute julgamento; e para que sua paciência possa perdurar para sempre.
7Naquele tempo eu vi o Ancião de dias enquanto ele se assentava sobre o trono da sua glória, enquanto o livro dos vivos foi aberto na sua presença e enquanto todos os poderes que estão acima dos céus permanecem ao redor e diante dele.
8Então os corações dos santos estavam cheios de alegria, por causa da consumação da justiça que havia chegado, a súplica dos santos foi ouvida e o sangue dos justos apreciado pelo Senhor dos espíritos.
Capítulo 22
1Naquele lugar eu vi uma fonte de retidão, a qual nunca falha, envolta em muitas fontes de sabedoria. Delas todos os sedentos beberam e foram cheios de sabedoria tendo sua habitação com os retos, eleitos e santos.
2Naquela hora o Filho do homem foi invocado diante do Senhor dos espíritos e seu nome na presença do Ancião de dias. Antes que o sol e os sinais fossem criados, antes que as estrelas do céu tivessem sido formadas, seu nome era invocado na presença do Senhor dos espírito. Ele será um apoio para os justos e santos se encostarem, sem falhar; e ele será a luz das nações.
3Ele será a esperança daqueles cujos corações estão temerosos. Todos os que habitam na terra cairão diante dEle; O abençoarão e glorificarão, e cantarão orações ao nome do Senhor dos espíritos.
Portanto o Eleito e Escondido subsistiu em sua presença, antes que o mundo fosse formado, e para sempre.
4Na Sua presença Ele existiu, e revelou aos santos e aos justos a sabedoria do Senhor dos espíritos; pois Ele preservou o lugar dos retos, porque eles iraram e rejeitaram este mundo de iniqüidade, e detestaram todas as suas obras e caminhos, no nome do Senhor dos espíritos.
5Pois em seu nome eles serão preservados e sua será a vida. Naqueles dias os reis da terra e os homens poderosos, os quais ganharam o mundo por suas realizações, se tornarão humildes em seus semblantes.
6Pois no dia de sua ansiedade e angústia, suas almas não serão salvas, e eles estarão em sujeição daquele a quem eu escolhi. Eu os lançarei como a palha ao fogo e como chumbo, na água. Assim eles queimarão na presença dos justos e afundarão na presença dos santos; nem a décima parte deles será encontrada.
7Mas no dia da tribulação o mundo ganhará tranqüilidade. Em sua presença eles falharão e não serão levantados novamente; nem haverá alguém para tomá-los por suas mãos e levantá-los; pois eles negaram o Senhor dos espíritos e seu Messias. O nome do Senhor será abençoado.
8Sabedoria verteu como água e glória não falta diante dEle para sempre e sempre, pois potente é Ele em todos os segredos de retidão. Mas a iniqüidade passa como uma sombra e não possui uma estação fixa, pois o Eleito permanece diante do Senhor dos espíritos e Sua glória é para sempre e sempre, e Seu poder de geração em geração.
9Com Ele habitam os espíritos da sabedoria intelectual, o espírito da instrução e do poder e o espíritos dos que dormem em retidão; Ele julgará coisas secretas. Ninguém será capaz de pronunciar uma única palavra diante dEle, pois o Eleito está na presença do Senhor dos espíritos de acordo com Seu próprio prazer.
Capítulo 23
1Naqueles dias os santos e os escolhidos sofrerão uma mudança. A luz do dia descansará sobre eles e o esplendor e a glória dos santos será transformada.
Naquele dia de tribulação o mal será amontoado sobre os pecadores, mas os justos triunfarão no nome do Senhor dos espíritos.
2Outros serão levados a ver que devem arrepender-se e desistir das obras das suas mãos, e que a glória não os espera na presença do Senhor dos espíritos já que por Seu nome eles podem ser salvos. O Senhor dos espíritos terá compaixão deles, pois grande é a Sua misericórdia e a justiça está em Seu julgamento; na presença de Sua glória, em seu julgamento a iniqüidade não permanecerá. Aquele que não se arrepende em perecerá Sua presença.
3Daqui em diante Eu não terei misericórdia deles, diz o Senhor dos espíritos. Naqueles dias a terra entregará de seu ventre e o inferno entregará de si aqueles a quem recebeu, e a destruição restaurará àqueles a quem ela deve.
4Ele selecionará os justos e santos de entre eles, pois o dia de sua salvação se tem aproximado.
E naqueles dias o Eleito se assentará sobre seu trono, enquanto todo segredo de sabedoria intelectual procederá da sua boca, pois o Senhor dos espíritos lhe concedeu e glorificou.
5Naqueles dias as montanhas saltarão como as rãs e os montes pularão como jovens ovelhas saciadas com leite; e todos os justos se tornarão iguais aos anjos nos céu. Seu semblante se iluminará de alegria, pois naqueles dias o Eleito será exaltado. A terra se regozijará; os justos habitarão nela e a possuirão.
6Depois desse tempo, no lugar onde eu havia visto toda visão secreta, fui arrebatado em um redemoinho de vento e transportado para o oeste.
Lá meus olhos viram os segredos do céu e tudo o que existe na terra; uma montanha de fogo, uma montanha de cobre, uma montanha de prata, uma montanha de ouro, uma montanha de metal fundido, e uma montanha de chumbo.
7E eu perguntei ao anjo que foi comigo, dizendo: O que são estas coisas, que em segrego eu vi?
Ele disse: Todas as coisas que tu viste serão para o domínio do Messias, para que ele possa comandar e ser poderoso sobre a terra.
8E aquele anjo de paz respondeu-me dizendo: Espera um pouco de tempo e entenderás, e cada coisa secreta te será revelada, o que o Senhor dos espíritos tem decretado. Aquelas montanhas que tu viste, a montanha de ferro, a montanha de cobre, a montanha de prata, a montanha de ouro, a montanha de metal fluido e a montanha de chumbo, todas estas na presença do Eleito serão como o favo de mel diante do fogo, e como a água descendo de cima sobre estas montanhas, e se tornarão debilitadas diante de seus pés.
9Naqueles dias os homens não serão salvos por ouro e por prata. Nem eles o terão em seu poder para assegurar-se, e voar. Lá não haverá nem ferro, nem casaco de malha para o peito.
10Cobre será unútil; inútil também será o que não enferruja nem se consome; e levar não será desejado. Todas estas coisas serão rejeitadas, e perecem na terra, quando o Eleito aparecer na presença do Senhor dos espíritos.
Capítulo 24
1Ali meus olhos viram um profundo vale, e larga era sua entrada. Todos os que habitam na terra, no mar, e nas ilhas, trarão para ele dons, presentes e oferendas; contudo aquele profundo vale não se encherá. Suas mãos cometerão iniqüidade. Tudo quanto eles produzirem por labor será devorado pelos pecadores por crime. Mas eles perecerão de diante da face do Senhor dos espíritos e da face de sua terra. Eles se levantarão, e não falharão para sempre.
2Eu vi anjos de punição, os quais estavam habitando ali, e preparando todos os instrumentos de Satan. Então perguntei ao anjo da paz que continuava comigo, para quem aqueles instrumentos eram preparados.
3Ele disse: Estes são preparados para os reis e poderosos da terra, para que assim eles pereçam.
Depois que os justos e a casa escolhida de sua congregação aparecerão, e desde então serão imutáveis no nome do Senhor dos espíritos.
4Nem aquelas montanhas existirão na sua presença como a terra e os montes, como as fontes de água existem. E os justos serão aliviados da vexação dos pecadores. Então eu olhei e me virei para outra parte da terra, onde vi um profundo vale de fogo ardente.
5Para esse vale, eles levaram os monarcas e os poderosos. Ali meus olhos viram os instrumentos que eles fizeram, correntes de ferro sem peso. Então eu perguntei ao anjo da paz que estava comigo, dizendo: Para quem essas correntes são preparadas?
6Ele respondeu: Estas são preparadas para as hostes de Azazeel, para que eles sejam entregues e julgados a uma menor condenação, e para que seus anjos sejam subjugados com pedras arremessadas, como o Senhor dos espíritos ordenou.
7Miguel e Gabriel, Rafael e Fanuel serão fortalecidos naquele dia, e então os lançarão numa fornalha de fogo ardente para que o Senhor dos espíritos possa ser vingado pelos crimes que eles cometeram; porque eles se tornaram ministro de Satan, e seduziram aqueles que habitam sobre a terra.
8Naqueles dias punição virá do Senhor dos espíritos, e os receptáculos de água que estão acima nos céus serão abertos, e igualmente as fontes que estão sob a terra. Todas as águas, que estão nos céus e abaixo deles, serão reunidas e se misturarão.
9A água que está acima no céu será o agente;
E a água que está sob a terra será o recipiente, e todos os que habitam sobre a terra serão destruídos e os que habitam sob as extremidades do céu.
Por esses meios eles entenderão a iniqüidade que cometeram na terra, e por esses meios perecerão.
10Depois disso o Ancião de dias arrependeu-se, e disse: Em vão eu destruí todos os habitantes da terra. E ele jurou por seu grande nome, dizendo: De agora em diante eu não agirei mais assim para com todos aqueles que habitam sobre a terra.
11Mas eu colocarei um sinal nos céus; e ele será uma fiel testemunha entre mim e eles para sempre, tantos quantos os dias do céu durarem sobre a terra.
Depois disso, de acordo com esse meu decreto, quando eu estiver disposto a prende-los antecipadamente, pela instrumentalidade dos anjos, no dia da aflição e da perturbação, minha ira e minha punição permanecerá sobre eles, minha punição e minha ira, diz Deus, o Senhor dos espíritos.
12Ó vós reis, ó vós poderosos, que habitam o mundo, vereis meu Eleito, assentado sobre o trono da minha glória. E Ele julgará Azazeel, todos seus associados, em nome do Senhor dos espíritos.
13Ali igualmente eu vi as hostes dos anjos que estavam se movendo em punição, confinadas numa rede de ferro e bronze. Então eu perguntei ao anjo da paz, que estava comigo: Para quem estes sob confinamento estão indo.
14Ele disse: Para todos os seus eleitos e seus amados, para que eles possam ser lançados nas fontes e profundas fendas do abismo. E aquele vale será cheio com seus eleitos e amados; os dias cuja vida serão consumados, mas os dias de seus erros serão inumeráveis.
15Então príncipes se combinarão e juntos conspirarão. Os chefes do leste, entre os Partos e Medos, removerão reis, nos quais um espírito de perturbação entrará. Ele os lançará de seus tronos, saltando como leões de seus esconderijos, e como lobos famintos no meio do rebanho.
16Eles subirão e pisarão na terra de seus eleitos. A terra de seus eleitos estará diante deles. A eira, a senda e a cidade do meu povo justo imperará o progresso de seus cavalos. Eles se levantarão para destruir uns aos outros; sua mão direita se estenderá; o homem não conhecerá seu amigo ou seu irmão;
17Nem o filho de seu pai ou de sua mãe; até que o número dos corpos de seus mortos sejam completados, pela sua morte e punição. Nem isto acontecerá sem causa. Naqueles dias a boca do inferno será aberta, na qual eles serão imersos; o inferno destruirá e tragará os pegadores da face dos eleitos.
Capítulo 25
1Depois disto eu vi outro exército de carruagens com homens dirigindo-as. E eles vieram sobre o vento do leste, desde o oeste, e do sul. O som do barulho de suas carruagens foi ouvido.
2E quando aquela agitação aconteceu os santos fora do céu perceberam-na; o pilar da terra abalou-se desde a sua fundação e o som foi ouvido desde as extremidades da terra até as extremidades do céu ao mesmo tempo. Então eles caíram e adoraram o Senhor dos espíritos.
3Este é o fim da segunda parábola.
Então eu comecei a proferir a terceira parábola, concernente aos santos e aos eleitos.
Abençoados sois vós, ó santos e eleitos, pois glorioso é o vosso lugar.
4Os santos existirão na luz do sol e os eleitos na luz da vida eterna, cujos dias de vida nunca terminarão nem os dias dos santos serão enumerados, os quais procuram pela luz e obtêm retidão com o Senhor dos espíritos.
5Paz seja aos santos com o Senhor do mundo.
Daqui em diante aos santos seja dito que procurem nos céu os segredos da retidão, a porção da fé; semelhante ao sol nascido sobre a terra, enquanto a escuridão se vai. Ali haverá luz interminável; eles não entrarão em contagem de tempo, pois a escuridão será previamente destruída e a luz aumentará diante do Senhor dos espíritos; diante do Senhor dos espíritos a luz da honradez aumentará para sempre.
6Naqueles dias meus olhos viram os segredos dos relâmpagos e seu esplendor, e o julgamento a eles Eles iluminam por bênção e por maldição, de acordo com a vontade do Senhor dos espíritos.
Ali eu vi os segredos do trovão quando ele agita-se acima no céu e seu som é ouvido.
7As habitações da terra também foram mostradas a mim. O som do trovão é para paz e para bênção, tanto para o bem quanto para maldição, de acordo com a palavra do Senhor dos espíritos. Depois disso, todo segredo dos esplendores e dos trovões foram vistos por mim. Para bênção e para fertilidade eles iluminam.
8No qüinquagésimo ano, no sétimo mês, no décimo quarto dia da vida de Enoque, naquela parábola eu vi o céu dos céus tremer, que ele tremeu violentamente e que os poderes do Altíssimo e dos anjos, milhares de milhares, e miríades de miríades, ficaram agitados com grande agitação. E quando eu olhei o Ancião de dias estava assentado no trono de sua glória enquanto os anjos e santos estavam em pé ao redor dele. Um grande tremor veio sobre mim. Meus lombos foram curvados e soltos, meus rins foram dissolvidos; e eu cai sobre minha face. O santo Miguel, outro santo anjo, um dos santos, foi enviado, o qual levantou-me.
9E quando ele levantou-me, meu espírito retornou, pois eu fui incapaz de suportar essa visão de violência, sua agitação e o choque do céu.
Então o santo Miguel disse-me: Por que estás perturbado com essa visão?
10Desde então tem existido o dia da misericórdia; Ele tem sido misericordioso e magnânimo com todos os que habitam sobre a terra. Mas quando o tempo vier, então o poder, a punição, e o julgamento tomarão lugar, o qual o Senhor dos espíritos preparou para aqueles que se prostrarem para o julgamento da retidão, para aqueles que renunciarem àquele julgamento, e para aqueles que tomam seu nome em vão.
11Aquele dia foi preparado para os eleitos como um dia de convênio e para os pecadores como um dia de inquisição. Naquele dia dois monstros serão distribuídos como alimento, um monstro fêmea, cujo nome é Leviathan, habitando nas profundezas do mar, acima das fontes de águas.
12E um monstro macho, cujo nome é Behemoth, o qual possui, movendo-se em seu ventre, o deserto invisível. Seu nome era Dendayen. A leste do jardim, onde os eleitos e os justos habitarão, onde ele recebeu-o de meu ancestral, desde Adão o primeiro dos homens, cujo homem o Senhor dos espíritos fez.
13Então eu pedi a outro anjo que me mostrasse o poder daqueles monstros, como eles se separaram naquele mesmo dia, um estando nas profundezas do mar, e o outro no seco deserto. E ele disse: Tu, filho do homem, estás aqui desejoso de entendimento das coisas secretas.
14E o anjo da paz, o qual estava comigo disse: Estes dois monstros estão preparados pelo poder de Deus para tornarem-se alimento, para que a punição de Deus não seja em vão. Então crianças serão mortas com suas mães, e os filhos com seus pais.
15E quando a punição do Senhor dos espíritos continuar, sobre eles ela continuará, para que a punição do Senhor dos espíritos não aconteça em vão. Depois do quê, o julgamento existirá com misericórdia e longanimidade.
Capítulo 26
1Então outro anjo, o qual estava comigo, me falou, E mostrou-me o primeiro e o último dos segredos em cima no céu, e nas profundezas da terra: Nas extremidades do céu e nas fundações dela, e no receptáculo dos céus.
2Ele mostrou-me como seus espíritos foram divididos; como eles foram balançados e como ambas as fontes e os ventos foram contados de acordo com a força de seu espírito.
3Ele me mostrou o poder da luz da lua, que seu poder é justo; bem como as divisões das estrelas, de acordo com seus respectivos nomes; Que cada divisão é separada; que os relâmpagos iluminam;
4Que suas tropas imediatamente obedecem e que uma cessação toma lugar durante o trovão em continuação de seu som. Não são separados o trovão e o raio; nem eles se movem com um espírito, já que eles não são separados.
5Pois quando os raios iluminam, o trovão soa e o espírito a um próprio período faz pausa, fazendo uma igual divisão entre eles, pois o receptáculo sobre o qual seus períodos dependem é solto como a areia. Cada um deles à sua própria estação é restringido com uma rédea e virado pelo poder do espírito, que assim impele-os de acordo com a espaçosa extensão da terra.
6O espírito do mar é igualmente potente e forte, e um poder tão forte o faz vazar; assim ele é dirigido adiante e espalha-se contra as montanhas da terra. O espírito da geada tem seu anjo; no espírito do granizo ele é um bom anjo; o espírito da neve cessa em sua força e um espírito solitário está nele, o qual ascende dele como vapor, e é chamado refrigeração.
7O espírito da névoa também habita com eles em seu receptáculo, mas ele tem um receptáculo para si mesmo, pois seu progresso está no esplendor, Na luz e na escuridão, no inverno e no verão. Seu receptáculo é brilho, e um anjo esta nele.
8O espírito do orvalho tem seu domicílio nas extremidades do céu, em conexão com o receptáculo da chuva e seu progresso está no inverno e no verão. A nuvem produzida por ele e a nuvem do meio se tornam unidos, um dá ao outro; e quando o espírito da chuva está em movimento de seu receptáculo, anjos vêm e, abrindo seu receptáculo, o traz adiante.
9Quando igualmente ele é borrifado sobre toda a terra ele forma uma união com todo tipo de água no chão; pois as águas ficam na terra, porque eles fornecem nutrição para a terra desde o Altíssimo, o qual está no céu.
10Sobre este informe, portanto há uma regulamentação na qualidade da chuva que os anjos recebem. Estas coisas eu vi, todas elas, até o paraíso.
Capítulo 27
1Naqueles dias eu vi que longos mantos foram dados àqueles anjos, os quais tomaram suas asas e fugiram em direção ao norte. Eu perguntei ao anjo, dizendo: Para onde eles levaram aqueles longos mantos e para onde se foram? Ele disse: Eles foram medir.
2O anjo, o qual continuava comigo, disse: Estas são as medidas dos justos e cordas serão trazidas para que eles possam confiar no nome do Senhor dos espíritos para sempre e sempre.
3O eleito começará a habitar com o eleito.
Estas são as medidas que serão dadas pela fé, as quais fortalecerão as palavras de retidão.
Estas medidas revelarão todos os segredos nas profundezas da terra.
4E acontecerá que aqueles que foram destruídos no deserto e os que foram devorados pelos peixes do mar e pelas bestas do campo, retornarão e confiarão no dia do Eleito, pois ninguém perecerá na presença do Senhor dos espíritos, nem ninguém será capaz de perecer.
5Então eles receberam o mandamento, todos os quais estavam nos céus acima, para quem foi dado um poder combinado, voz e esplendor, semelhante ao fogo.
6E primeiro, com suas vozes eles abençoaram-no, exaltaram-no, glorificaram-no com sabedoria e atribuíram a Ele sabedoria com a palavra e com o sopro da vida. Então o Senhor dos espíritos assentado sobre o trono de sua glória, o Eleito,
7O qual julgará todas as obras do Santo acima no céu, e numa balança Ele pesará suas ações. E quando Ele levantar Seu semblante para julgar seus caminhos secretos na palavra do nome do Senhor dos espíritos, e seu progresso no caminho do justo julgamento do altíssimo Deus;
8Eles falarão com vozes unidas; abençoarão, glorificarão, exaltarão, e orarão em nome do Senhor dos espíritos. Ele chamará a todo poder dos céus, a todo santo acima, e ao poder de Deus. O Querubim, o Serafim, o Ofanim, todos os anjos de poder e todos os anjos dos Senhores, a saber, do Eleito, e do outro Poder, o qual estava sobre a água naquele dia.
9E levarão suas vozes unidas; abençoarão, glorificarão, orarão, e exaltarão com o espírito da fé, com o espírito da sabedoria e da paciência, com o espírito da misericórdia, com o espírito do julgamento e da paz, e com o espírito da benevolência; todos dirão com vozes unidas: Abençoado é Ele; e o nome do Senhor dos espíritos será abençoado para sempre e sempre; todos, os quais não dormem, o abençoarão acima no céu.
10Todo santo no céu o abençoará; todo o eleito que habita no jardim da vida e todo espírito de luz que é capaz de abençoar, glorificar, exaltar, e orar em seu santo nome e todo homem mortal, mais do que os poderes do céu, glorificará e abençoará seu nome para sempre e sempre.
11Pois grande é a misericórdia do Senhor dos espíritos; magnânimo Ele é; e todas as suas obras, todo o seu poder, grande como são as coisas que Ele tem feito, tem revelado aos santos e eleitos, em nome do Senhor dos espíritos.
Capítulo 28
1Então o Senhor ordenou os reis, os príncipes, os exaltados e aqueles que habitam na terra dizendo: Abri vossos olhos, e elevai vossas buzinas se sois capazes de compreender o Eleito.
2O Senhor dos espíritos assentou-se sobre o trono de sua glória. E o espírito de retidão foi colocado sobre ele. A palavra de sua boca destruirá todos os pecadores e todos os mundanos, os quais perecerão na sua presença.
3Naquele dia todos os reis, os príncipes, os exaltados e todos os que possuem a terra se colocarão em pé, verão e perceberão Aquele que está assentado no trono da sua glória, que diante dEle os santos serão julgados em retidão,
4E que nada que será falado diante dEle, será falado em vão. Inquietação virá sobre eles, como sobre uma mulher em trabalho de parto, cujo labor é severo, quando seu filho vem à boca do ventre e ela encontra-se em dificuldade de dar a luz.
5Uma porção deles olhará para a outra. Eles ficarão atônitos e baixarão seu semblante,
E aflição os prenderá quando eles virem o Filho da mulher assentado sobre o seu trono de glória.
6Então os reis, os príncipes e todos os que possuem a terra glorificarão Aquele que tem domínio sobre todas as coisas, Aquele que esteve em conselho; pois desde o princípio o Filho do homem existiu em segredo, o qual o Altíssimo preservou na presença do Seu poder e foi revelado aos eleitos.
7Ele semeará a congregação dos santos e dos eleitos, e todo eleito ficará diante dEle naquele dia.
Todos os reis, príncipes, o exaltado e aqueles que governam sobre toda a terra cairão sobre suas faces diante dEle, e O adorarão. Eles colocarão suas esperanças neste Filho do homem orarão a Ele e implorarão por misericórdia.
8Então o Senhor dos espíritos se apressará em expeli-los da Sua presença. Suas faces ficarão cheias de confusão e suas faces se cobrirão de escuridão. Os anjos os tomarão para castigo, aquela vingança poderá ser infligida naqueles que têm oprimido Seus filhos e Seus eleitos. E eles se tornarão como um exemplo aos santos aos Seus eleitos. Através deles estes serão feitos jubilosos, pois a ira do Senhor dos espíritos descansará sobre eles.
9Então a espada do Senhor dos espíritos se embebedará com seu sangue, mas os santos e eleitos serão salvos naquele dia; a face dos pecadores e dos mundanos daquele tempo em diante eles não verão.
O Senhor dos espíritos permanecerá sobre eles:
10E com este Filho do homem eles habitarão, comerão, deitarão e levantarão, para sempre e sempre.
Os santos e eleitos têm se levantado da terra. Têm deixado de deprimir seus semblantes e terão sido vestidos com a vestimenta da vida. Aqueles vestidos da vida estão com o Senhor dos espíritos, em cuja presença suas vestimentas não envelhecerão nem será diminuída sua glória.
11Naqueles dias os reis que possuíram a terra serão punidos pelos anjos de Sua ira, onde quer que eles lhes sejam entregues, para que Ele possa dar descanso por um curto período de tempo; e para que eles prostem-se diante dEle e adorem o Senhor dos espíritos, confessando seus pecados diante dEle.
12Eles abençoarão e glorificarão o Senhor dos espíritos dizendo: Abençoado é o Senhor dos espíritos, o Senhor dos reis, o Senhor dos espíritos, o Senhor dos ricos, o Senhor da glória, e o Senhor da sabedoria.
13Ele iluminará toda coisa secreta. Seu poder é de geração a geração e Sua glória para sempre e sempre.
Profundos são todos os Seus segredos e incontáveis; sua retidão não pode ser calculada. Agora nós sabemos que devemos glorificar e abençoar o Senhor dos reis o qual é Rei sobre todas as coisas.
14Eles também dirão: Quem nos tem permitido ficar para glorificar, louvar, abençoar, e confessar na presença da Sua glória? E agora pequeno é o repouso que nós desejamos, mas nós não o encontramos; nós rejeitamos e não o possuímos. Luz passou diante de nós e escuridão tem coberto nossos tronos para sempre.
15Pois nós não confessamos diante dEle; não temos glorificado o nome do Senhor dos reis; não temos glorificado o Senhor em todas as Suas obras, mas temos confiado no cetro do nosso próprio domínio e da nossa glória.
16Naquele dia do nosso sofrimento e da nossa angústia Ele não nos salvará, nem encontraremos descanso. Confessamos que nosso Senhor é fiel em todas as Suas obras, em todos os Seus julgamentos e em Sua retidão.
17Em Seus julgamentos ele não paga nenhum respeito a pessoas; e nós devemos apartar-nos de sua presença por causa de nossos maus atos.
Todos os nossos pecados são verdadeiramente sem número.
18Então eles dirão a si mesmos: Nossas almas estão saciadas com os instrumentos de crime;
Mas que não nos impede de descer ao ventre flamejante do inferno.
19Daí em diante seus semblantes se encherão de escuridão e confusão diante do Filho do homem, de cuja presença eles serão expulsos e diante do qual a espada permanecerá expelindo-os.
20Assim diz o Senhor dos espíritos: Este decreto e o julgamento contra os príncipes, os reis, os exaltados, e aqueles que possuem a terra, na presença do Senhor dos espíritos.
21Eu vi outros semblantes naquele lugar secreto. Ouvi a voz de um anjo, dizendo: Estes são os anjos que desceram do céu à terra, revelaram segredos aos filhos dos homens e seduziram os filhos dos homens para cometerem de pecado.
Capítulo 29
1Naqueles dias Noé viu que a terra inclinou-se, e que destruição aproximava-se. Então ele levantou seus pés e foi para os confins da terra, para a habitação do seu bisavô Enoque.
2E Noé clamou com uma amarga voz: Ouví-me, ouví-me, ouví-me, três vezes. E ele disse: Dize-me o que está ocorrendo sobre a terra, pois a terra trabalha e é violentamente abalada. Certamente eu perecerei com ela.
3Depois disso houve uma grande perturbação na terra e uma voz foi ouvida desde o céu. Eu caí sobre minha face, então meu bisavô Enoque veio e colocou-se ao meu lado. Ele disse-me: Por que clamas a mim com um amargo clamor e lamentação?
4Um mandamento partiu do Senhor contra aqueles que habitam na terra para que eles sejam destruídos, pois eles conhecem todo segredo dos anjos, toda obra opressiva, o poder secreto dos demônios e todo poder daqueles que cometem sortilégios, tanto quanto daqueles que fazem imagens fundidas em toda a terra.
5Eles sabem como a prata é produzida do pó da terra e como na terra a gota metálica existe, pois o chumbo e o estanho não são produzidos da terra como fonte primária de sua produção. Há um anjo colocado sobre ela, e o anjo luta para prevalecer.
6Depois disso meu bisavô Enoque agarrou-me com sua mão, levantando-me e disse-me: Vai, pois eu pedí ao Senhor dos espíritos a respeito desta perturbação da terra; o qual respondeu: Por conta da impiedade deles seus inumeráveis julgamentos foram consumados diante de mim. Com respeito às luas eles inquiriram, e têm conhecimento de que a terra perecerá com aqueles que habitam sobre ela, e que estes não terão lugar de refúgio para sempre.
7Eles descobriram segredos, e eles são aqueles que têm sido julgados; mas não você, meu filho. O Senhor dos espíritos sabe que tu és puro e bom, livre da reprovação do descobrimento de segredos.
8Ele, o Santo, estabelecerá Seu nome no meio dos santos e te preservará daqueles que habitam sobre a terra. Ele estabelecerá tua semente em retidão com domínio e grande glória, e da tua semente se espalhará retidão, e homens santos sem número para sempre.
Capítulo 30
1Depois disso ele mostrou-me os anjos de punição, os quais estão preparados para vir e abrir todas as águas poderosas sob a terra: Que elas podem ser para julgamento e para destruição de todos aqueles que permanecem e habitam sobre a terra.
2O Senhor dos espíritos ordenou os anjos que saíram, para não tomar os homens, e preservá-los,
pois aqueles anjos presidem sobre todas as poderosas águas. Então eu saí da presença de Enoque.
3Naqueles dias a palavra de Deus veio a mim, e disse: Vê Noé, tua sorte ascendeu a Mim, uma sorte imune de crime, uma sorte amada e superior.
Agora então os anjos trabalharão as árvores, mas enquanto eles procedem nisto eu colocarei minha mão sobre elas e as preservarei.
4A semente da vida se erguerá dela e uma mudança tomará lugar para que a terra seca não seja deixada vazia. Eu estabelecerei tua semente diante de mim para sempre e sempre, e a semente daqueles que habitarem contigo na superfície da terra. Ela será abençoada e multiplicada na presença da terra, em nome do Senhor.
5Eles confinarão aqueles anjos que descobriram impiedade. Naquele vale ardente é que eles serão confinados, o qual a princípio meu bisavô mostrou-me no oeste, onde há montanhas de ouro e prata, de ferro, de metal fluído, e de estanho.
6Eu vi aquele vale no qual há uma grande perturbação e onde as águas são agitadas.
E quando tudo isto foi executado, da massa fluída de fogo e na perturbação que prevaleceu naquele lugar, levantou-se um forte cheiro de enxofre que se misturou com as águas; e o vale dos anjos que haviam sido culpados de sedução, queimou-se debaixo da terra.
7Através daquele vale rios de fogo também estavam fluindo, para os quais aqueles anjos serão condenados, os quais seduziram os habitantes da terra.
8E naqueles dias estas águas serão para os reis, aos príncipes, aos exaltados e para os habitantes da terra, para a cura da alma e do corpo e para o julgamento do espírito.
9Seus espíritos serão cheios de festa para que eles possam ser julgados em seus corpos; porque eles negaram o Senhor dos espíritos, e apesar de eles perceberem sua condenação dia após dia, não acreditaram em seu nome.
10E como a inflamação de seus corpos será grande, assim seus espíritos sofrerão uma transformação para sempre. Pois nenhuma palavra que é pronunciada diante do Senhor dos espíritos será em vão.
11Julgamento veio sobre eles porque eles confiaram em sua luxúria carnal, e negaram o Senhor dos espíritos. Naqueles dias as águas daquele vale serão transformadas, pois enquanto os anjos forem julgados, o calor daquelas fontes de água sofrem uma alteração.
12E enquanto os anjos ascenderem, a água das fontes novamente sofrem uma alteração e congelam. Então eu ouvi o santo Miguel respondendo e dizendo: Este julgamento, com o qual os anjos serão julgados, dará testemunho contra os reis, príncipes e aqueles que possuem a terra.
13Pois estas águas de julgamento serão para sua cura e para a morte de seus corpos. Mas eles não perceberão e não acreditarão que as águas serão transformadas e tornadas como fogo, que arderá para sempre.
Capítulo 31
1Depois disto ele deu-me as marcas características de todas as coisas secretas do livro do meu bisavô Enoque, e nas parábolas que haviam sido dadas a ele; inserindo-as para mim entre as palavras do livro das parábolas.
2Naquele momento o santo Miguel respondeu e disse a Rafael: O poder do espírito precipita-me daqui e impele-me para fora. A severidade do julgamento, do secreto julgamento dos anjos, quem é capaz de observar a resistência daquele severo julgamento que aconteceu e se tornou permanente sem ser dissolvido no seu lugar? Novamente o santo Miguel respondeu e disse ao santo Rafael: Quem está lá, cujo coração não se abrandou por isto, e cujos rins não se afligiram com esta coisa?
3Julgamento saiu contra eles por aqueles que assim arrastaram-nos para fora; e que se foram, quando eles estavam na presença do Senhor dos espíritos.
4De igual maneira também o santo Rakael disse a Rafael: Eles não estarão diante do olho do Senhor já que o Senhor dos espíritos foi ofendido por eles, pois como Senhores eles têm-se conduzido. Portanto Ele traz sobre eles um secreto julgamento para sempre e sempre.
5Pois nem o anjo, nem o homem recebe uma porção dele, mas eles só receberão seu próprio julgamento para sempre e sempre.
6Depois deste julgamento eles estarão assombrados e irritados, pois serão exibidos aos habitantes da terra. Eis os nomes destes anjos. Estes são seus nomes: O primeiro deles é Samyaza; o segundo é Arstikapha; o terceiro é Armen; o quarto, Kakabael; o quinto, Turel; o sexto, Rumyel; o sétimo, Danyal; o oitavo, Kael; o nono, Barakel; o décimo, Azazel; o décimo primeiro, Armers; o décimo segundo, Bataryal; o décimo terceiro, Basasael; o décimo quarto, Ananel; o décimo quinto, Turyal; o décimo sexto, Simapiseel; o décimo sétimo, Yetarel; o décimo oitavo, Tumael; o décimo nono, Tarel; o vigésimo, Rumel; o vigésimo primeiro, Azazyel.
7Estes são os principais (chefes) dos anjos, e os nomes dos líderes de suas centenas, e seus líderes de cinqüenta, e os líderes de suas dezenas. O nome do primeiro é Yekun: ele foi quem seduziu todos os filhos dos santos anjos e fez com que descessem à terra, conduzindo desencaminhadamente a descendência dos homens.
8O nome do segundo é Kesabel, o qual apontou mau conselho aos filhos dos santos anjos e conduziu-os a corromperem seus corpos gerando humanos. O nome do terceiro é Gadrel: ele descobriu todo golpe de morte aos filhos dos homens.
9Ele seduziu Eva e descobriu aos filhos dos homens os instrumentos de morte, o casaco de malha, o escudo, e a espada para matança; todo instrumento de morte para os filhos dos homens.
10Estas coisas derivaram de suas mãos para os que habitam sobre a terra daquele período para sempre.
O nome do quarto é Penemue: ele descobriu aos filhos dos homens o amargor e a doçura,
11E mostrou a eles todo segredo de sua sabedoria. Ele ensinou os homens a entenderem o escrito e o uso de tinta e papel. Portanto, numerosos tem sido aqueles que têm se extraviado em todo período do mundo, mesmo até este dia.
12Os homens não nasceram para isto, assim com pena e tinta, para confirmar sua fé; Desde então eles não criaram, exceto que, como os anjos, eles podem permanecer retos e puros.
13Nem poderiam morrer, o que destrói tudo, tem afetado-os; Mas por este seu conhecimento eles perecem, e por isto também seu poder os consome. O nome do quinto é Kasyade: ele descobriu aos filhos dos homens todo iníquo golpe de espíritos e de demônios:
14O golpe do embrião no ventre, para diminuí-lo; o golpe do espírito pela mordida da serpente, e o golpe que é dado ao meio-dia pelo filho da serpente, cujo nome é Tabaet. Este é o número de Kasbel; a parte principal do juramento que o Altíssimo, habitando em glória, revelou aos santos.
15Seu nome é Beka. Ele falou ao santo Miguel para que revelasse a eles o nome sagrado, para que eles pudessem entender o sagrado nome e assim lembrar do juramento; e para que aqueles que apontaram toda coisa secreta aos filhos dos homens possam tremer sob aquele nome e juramento.
16Este é o poder do juramento; pois poderoso ele é, e forte. E estabelecido este juramento de Akae pela instrumentalidade do santo Miguel. Estes são os segredos deste juramento, e por ele eles foram confirmados.
17Os céus estiveram em suspenso por ele antes que o mundo fosse feito, para sempre. Por ele a terra foi inundada no dilúvio enquanto das partes escondidas dos montes as águas agitadas as águas saíram desde a criação até o fim do mundo.
18Por este juramento o mar foi formado e a sua fundação. Durante o período desta fúria ele estabeleceu a areia contra ele, a qual continua imutável para sempre, e por este juramento o abismo foi feito forte; e não é removível de sua estação para sempre e sempre.
19Por este juramento o sol e a lua completam seu progresso nunca se desviando do comando que lhes foi dado para sempre e sempre. Por este juramento as estrelas completam seu progresso,
20E quando seus nomes forem chamados eles retornarão em resposta, para sempre e sempre.
Então nos céus tomam lugar os sopros dos ventos: todos eles têm respiração e efetuam uma completa combinação de respirações.
21Ali os tesouros do trovão são mantidos e o esplendor do relâmpago. Ali são guardados os tesouros do granizo e da neblina, os tesouros da neve, os tesouros da chuva e do orvalho. Todos estes confessam e louvam diante do Senhor dos espíritos.
22Eles glorificam com todo seu poder de súplica; e Ele os sustém em todo aquele ato de agradecimento enquanto eles louvam, glorificam e exaltam o nome do Senhor dos espíritos para sempre e sempre.
23E com eles ele estabelece este juramento, pelo qual eles e seus caminhos são preservados, e seus progressos não perecem. Grande foi sua alegria. Eles abençoaram, glorificaram, e exaltaram porque o nome do Filho do homem lhes foi revelado.
24Ele assentou-se sobre o trono de Sua glória, e a parte principal do julgamento foi designada e Ele, o Filho do homem. Os pecadores perecerão e desaparecerão da face da terra, enquanto aqueles que os seduziram serão amarrados com correntes para sempre.
25De acordo com seus graus de corrupção eles serão aprisionados, e todas as suas obras desaparecerão da face da terra; desde então ali não haverá ninguém para corromper, pois o Filho do homem foi visto assentado sobre Seu trono de glória.
26Toda iniqüidade desaparecerá e se apartará de diante de Sua face; a palavra do Filho do homem se tornará poderosa na presença do Senhor dos espíritos.
Esta é a terceira parábola de Enoque.
Capítulo 32
1Depois disto o nome do Filho do homem, vivendo com o Senhor dos espíritos, foi exaltado pelos habitantes da terra. Ele foi exaltado nas carruagens do Espírito e o seu nome estava no meio deles.
2Desde aquele tempo eu não fui arrancado do meio deles; mas Ele assentou-se entre dois espíritos, entre o norte e o oeste, onde os anjos receberam seus cordões, para medir o lugar para os eleitos e os justos. Ali eu vi os pais dos primeiros homens e os santos que habitam naquele lugar para sempre.
3Depois disso meu espírito foi ocultado, ascendendo aos céus. Eu vi os filhos dos santos anjos andando em chamas de fogo, cujas vestimentas e mantos eram brancos e cujos semblantes eram transparentes como cristal.
4Eu vi dois rios de fogo brilhando como o jacinto. Então caí sobre minha face diante do Senhor dos espíritos. E Miguel, um dos arcanjos, tomou-me pela mão direita e levantou-me, e trouxe-me para onde estava todo segredo de misericórdia e retidão.
5Ele me mostrou todas as coisas ocultas das extremidades do céu, todos os receptáculos das estrelas e o seu esplendor, desde quando elas saíram de diante da face do Santo. Ele escondeu o espírito de Enoque no céu dos céus.
6Ali eu vi no meio daquela luz uma construção levantada com pedras de gelo, E no meio destas pedras vi vibrações de de fogo vivo. Meu espírito viu ao redor o círculo desta habitação flamejante em uma de suas extremidades; que ali havia rios cheios de fogo vivo, o qual cercava-a.
7Então o Serafim, o Querubim, e o Ophanin rodearam-na: estes são aqueles que nunca adormecem, mas vigiam o trono de Sua glória. Eu vi inumeráveis anjos, milhares de milhares, e miríades de miríades, as quais rodeavam aquela habitação.
8Miguel, Rafael, Gabriel, Phanuel e os santos anjos que estavam acima nos céus foram e saíram dele. Miguel, Rafael, e Gabriel saíram daquela habitação, e santos anjos inumeráveis.
9Estava com eles o Ancião de dias, cuja cabeça era branca como o algodão, e pura, e seu manto era indescritível. Então eu caí sobre minha face enquanto toda minha carne era dissolvida, e meu espírito tornou-se transformado.
10Eu clamei com alta voz com um poderoso espírito, abençoando, glorificando, e exaltando. E aquelas bênçãos que procediam da minha boca tornaram-se aceitáveis na presença do Ancião de dias.
11O Ancião de dias veio com Miguel e Gabriel, e Rafael e Phanuel, com milhares de milhares, e miríades de miríades, que não podiam ser enumerados. Então aquele anjo veio a mim, com sua voz saudou-me, dizendo: Tu és o Filho do homem, o qual é nascido para retidão, e retidão descansou sobre ti.
12A retidão do ancião de dias não te esquecerá.
Ele disse: Em ti Ele conferirá paz em nome do mundo existente; por isso a paz tem existido desde que o mundo foi criado. E assim acontecerá a ti para sempre e sempre.
13Todos os que existirão e caminharão em seus caminhos de retidão, não te esquecerão para sempre.
Contigo estarão suas habitações, contigo seu destino; de ti eles não serão separados para sempre e sempre.
14E assim o prolongamento dos dias estará com o Filho do homem. A paz será para os justos e os retos possuirão o caminho da integridade, em nome do Senhor dos espíritos, para sempre e sempre.
Capítulo 33
1O livro das revoluções das luminárias dos céus, de acordo com suas respectivas classes, seus respectivos poderes, seus respectivos períodos, seus respectivos nomes, os lugares conde elas começam seu progresso e seus respectivos meses, que Uriel, o santo anjo que estava comigo, explicou-me; aquele que as administra. Toda a conta delas de acordo com o exato ano do mundo para sempre, até que um novo trabalho seja efetuado, o qual será eterno.
2Esta é a primeira lei das luminárias. O sol e a luz chegam aos portões que estão ao leste, ao oeste e no oeste dele, nos portões ocidentais do céu.
Eu vi os portões onde o sol sai e os portões onde o sol se põe,
3Em cujos portões também a lua nasce e se põe; Eu vi os condutores das estrelas, entre aqueles que precedem-nas; seis portões estão no nascente, e seis no poente do sol.
4Todos estes, respectivamente, um depois do outro, estão em nível; e numerosas janelas estão ao lado direito e ao lado esquerdo destes portões.
5Primeiro avança aquela grande luminária, a qual é chamada sól, cuja órbita é a órbita do céu, toda ela está repleta com esplêndido e flamejante fogo.
Sua carruagem, onde ela ascende, o vento sopra.
6O sól se põe no céu e retornando pelo norte, para seguir em direção ao leste, é conduzido assim enquanto entra por aquele portão e ilumina a face do céu.
7Da mesma maneira ele sai no primeiro mês pelo grande portão. Ele sai através do quarto daqueles seis portões, que estão ao nascente do sól.
8E no quarto portão, através do qual o sól com a lua prosseguem, na primeira parte dele, lá existem doze janelas abertas das quais sai uma chama quando elas estão abertas em seus próprios períodos.
9Quando o sol se levanta no céu ele sai através deste quarto portão por três dias, e pelo quarto portão ao oeste do céu no nível em que ele descende.
10Durante aquele período o dia é prolongado durante o dia, e a noite encurtado durante a noite por trinta dias. E então o dia é mais longo que a noite por duas partes.
11O dia é precisamente, dez partes, e a noite é oito. O sol sai através deste quarto portão, se põe nele e volta para o quinto portão durante trinta dias, depois do quê ele prossegue e se põe nele, o quinto portão.
12Então o dia se torna prolongado por uma segunda porção de modo que ele é doze partes, enquanto a noite se torna encurtada, e é apenas sete partes.
O sol então retorna para o leste, entrando no sexto portão, e nasce e se põe no sexto portão trinta e um dias, na contagem de seus sinais.
13Naquele período o dia é mais longo que a noite, sendo duas vezes tão longo quanto a noite, e chega a ser de doze partes; Mas a noite é encurtada e se torna em seis partes. Então o sol nasce para que o dia possa ser encurtado e a noite prolongada.
14E o sol retorna para o leste entrando pelo sexto portão, onde ele nasce e se põe por trinta dias.
Quando aquele período é completado o dia chega a ser encurtado precisamente uma parte, de modo que ele é de doze partes, enquanto que a noite é de sete partes.
15Então o sol vai do oeste, daquele sexto portão, e prossegue em direção ao leste nascendo no quinto portão por trinta dias e se pondo novamente ao oeste no quinto portão do oeste.
16Naquele período o dia chega a ser encurtado duas partes, e é de dez partes, enquanto que a noite é de oito partes. Então o sol vai do quinto portão, enquanto se põe no sexto portão do oeste e nasce no quarto portão por trinta e um dias, na conta de seus sinais, se pondo a oeste.
17Naquele período o dia é feito igual à noite e, sendo igual a ela, a noite torna-se a nove partes, e o dia nove partes. Então o sol vai daquele portão enquanto ele se põe no oeste, e retornando pelo leste prossegue pelo terceiro portão por trinta dias, se pondo no oeste no terceiro portão.
18Naquele período a noite é prolongado desde o dia durante trinta manhãs, e o dia é encurtado desde o dia durante trinta dias; a noite sendo precisamente de dez partes, e o dia oito partes
19O sol então sai do terceiro portão, enquanto ele se põe no terceiro portão no oeste; mas retornando para o leste. Ele prossegue pelo segundo portão do leste por trinta dias. De igual maneira ele também se põe no segundo portão na direção oeste do céu.
20Naquele período a noite é onze partes, e o dia sete partes. Então o sol sai naquele tempo pelo segundo portão, enquanto se põe no segundo portão no oeste, mas retorna para o leste, prosseguindo pelo primeiro portão, por trinta e um dias.
21E se pões no oeste no primeiro portão. Naquele período a noite é novamente prolongada tanto quanto o dia. Ela é precisamente de doze partes, enquanto que o dia é seis partes.
22O sol tem assim completado seus começos, e uma segunda vez de volta desde estes começos.
Naquele primeiro portão ele entra por trinta dias, e se põe no oeste, defronte do céu. Naquele período a noite é contraída em seu comprimento uma quarta parte, que é, uma porção, e se torna onze partes.
23O dia é de sete partes. Então o sol retorna, e entra no segundo portão ao leste. ele retorna por estes começos trinta dias, nascendo e se pondo.
Naquele período, a noite é encurtado em seu comprimento. Ela se torna dez partes, e o dia oito partes. Então o sol sai do segundo portão, e se põe a oeste; mas retorna pelo leste, e nasce no leste, no terceiro portão, trinta e um dias, se pondo no oeste do céu.
24Naquele período a noite se torna encurtada, Ela é nove partes. E a noite é igual ao dia. O ano é precisamente trezentos e sessenta e quatro dias.
Prolongamento do dia e da noite, e a contração do dia e da noite, são feitos diferentes um do outro pelo progresso do sol.
25Por meio deste progresso o dia é diariamente prolongado, e a noite grandemente encurtada.
Esta é a lei e o progresso do sol, e suas voltas, quando ele retorna, voltando durante sessenta dias, e seguindo em frente. Esta é a grande perpétua luminária, aquela que ele chama o sol para sempre e sempre.
26Este também é a grande luminária, e a qual é chamada segundo seu tipo peculiar, como Deus ordenou.
E assim ele entra e sai, nem afrouxando nem descansando; mas correndo em sua carruagem de dia e de noite. Ele brilha com uma sétima porção da luz da lua; mas as dimensões de ambos são iguais.
Capítulo 34
1Depois disso eu vi outra lei fé uma luminária inferior, o nome da qual é a lua, e a órbita da qual é como a órbita do céu. Sua carruagem, a qual secretamente ascende, o vento sopra; e luz é dada a ela por medida.
2Cada mês em sua saída e entrada ela torna-se transformada; e seus períodos são como os períodos do sol. E quando de igual maneira sua luz é para existir, sua luz é uma sétima porção da luz do sol.
3Assim ela nasce, e seu começo em direção ao leste sai por trinta dias. Naquele tempo ela aparece, e torna-se para você o começo do mês. Trinta dias ela está com o sol no portão do qual o sol nasce.
4Metade dela está em prolongamento sete porções, uma metade; e o total de sua órbita é sem luz, exceto uma sétima porção de quatorze porções de sua luz. E de dia ela recebe uma sétima porção, ou a metade daquela porção, de sua luz. Sua luz é por sete, por uma porção, e pela metade de uma porção. Seus crepúsculos com o sol.
5E quando o sol nasce, a lua nasce com ele; e recebe metade de uma porção de luz. Nesta noite, quando ela começa seu período, previamente para o dia do mês, a lua se põe com o sol.
6E naquela noite ela é escura em suas décimas quartas porções, que é, em cada metade; mas ela nasce naquele dia com uma sétima porção aproximadamente, e em seu progresso declina do nascer do sol. Durante o restante de seu período sua luz aumenta em quatorze porções.
7Então eu vi outro progresso e regulações que Ele efetuou na lei da lua. O progresso das luas, e tudo o que se relaciona com ela, Uriel mostrou-me, o santo anjo que administra a todos. Suas estações eu escrevi enquanto ele mostrava-os a mim.
8Eu escrevi teus meses, como eles ocorrem, e a aparência de sua luz, até que ela é completada em quinze dias.Em cada um de seus dois sétimos de porções ela completa toda sua luz ao nascer e se pôr.
9Em determinados meses ela muda seus crepúsculos; e em determinados meses ela faz seu progresso através de cada portão. Em dois portões a lua se põe com o sol. Naqueles dois portões que estão no meio, no terceiro e no quarto portão. Do terceiro portão ela sai por sete dias, e faz seu circuito.
10Novamente ela retorna para o portão do qual o sol nasce, e naquele ela completa toda a sua luz. Então ela declina do sol, e entra por oito dias no sexto portão, e retorna em sete dias para o terceiro portão, no qual o sol nasce.
11Quando o sol prossegue para o quarto portão, a lua sai por sete dias, até ela passar do quinto portão.
Novamente ela retorna em sete dias para o quarto portão, e completando toda a sua luz, declina, e passa pelo primeiro portão em oito dias;
12E retorna em sete dias para o quarto portão, do qual o sol nasceu. Assim eu vi suas estações, como de acordo com a ordem fixada dos meses o sol nasce e se põe.
13Nesses tempos há um excesso de trinta dias pertencentes ao sol em cinco anos; todos os dias pertencentes a cada ano de cinco anos, quando completados, somam trezentos e sessenta e quatro dias; e ao sol e às estrelas; deles em cada um dos cinco anos; assim trinta dias pertencem a eles; De modo que a lua tem trinta dias a menos que o sol e as estrelas.
14A lua traz em todos os anos exatamente, para que suas estações possam vir nem tão adiante nem tão para traz um simples dia; mas que os anos possam ser mudados com correta precisão nos trezentos e sessenta e quatro dias. Em três anos os dias são mil e noventa e dois; em cinco anos eles são mil oitocentos e vinte; e em oito anos dois mil novecentos e vinte dias.
15Para a lua só corresponde em três anos mil e sessenta e dois dias; em cinco anos ela tem cinqüenta dias menos que o sol, pois uma adição sendo feita a mil e sessenta e dois dias, em cinco anos há mil setecentos e setenta dias; e os dias da lua em oito anos são dois mil oitocentos e trinta e dois dias
16Pois os seus dias em oito anos são menos que aqueles do sol por oitenta dias, cujos oitenta dias são sua diminuição em oito anos. O ano então se torna verdadeiramente completo de acordo com a estação da lua, e a estação do sol; o qual nasce em diferentes portões; o qual nasce e se pões neles por trinta dias.
Capítulo 35
1Estes são os líderes dos chefes dos milhares, os quais presidem sobre toda criação, e sobre todas as estrelas; com os quatro dias que são adicionados e nunca se separam do lugar a eles determinados, de acordo com o cálculo completo do ano.
2E estes servem quatro dias, os quais não são contados no cálculo do ano. Com respeito a eles, os homens erram grandemente, pois estas luminárias verdadeiramente servem, no lugar de habitação do mundo, um dia no primeiro portão, um dia no terceiro portão, um dia no quarto portão, e um dia no sexto portão.
3E a harmonia do mundo torna-se completo a cada trezentos e sessenta e quatro estados dele. Para os sinais. as estações, dos anos. E Uriel me mostrou os dias; o anjo que o Senhor da glória escolheu sobre todas as luminárias.
4Do céu no céu, e no mundo; para que possa governar na face do céu, e aparecendo sobre a terra, se tornam, Condutores dos dias e noites: o sol, a lua, as estrelas, e todas as luminárias do céu, que fazem seu circuito com todas as carruagens do céu.
5Então Uriel me mostrou doze portões abertos para o circuito das carruagens do sol no céu, no qual os raios do sol batem. Deles procede calor sobre a terra, quando eles são abertos em suas determinadas estações. Eles são estão para os ventos, e o espírito da neblina, quando em suas estações eles são abertos; abertos no céu nas suas extremidades.
6Doze portões eu vi no céu, nas extremidades da terra, através do qual o sol, a lua e estrelas, e todas as obras do céu, procedem no seu nascer e no seu crepúsculo. Muitas janelas também são abertas à direita e à esquerda.
7Uma janela numa certa estação se torna extremamente quente. Assim também estão portões dos quais as estrelas saem quando são comandadas, e nos quais se põem de acordo com seu número.
8Eu vi igualmente as carruagens do céu, correndo no mundo acima daqueles portões nos quais se movimentam as estrelas que jamais declinam. Um deles é maior de todos, que vai ao redor de todo o mundo.
Capítulo 36
1E nas extremidades da terra eu vi doze portões abertos para todos os ventos, dos quais eles saem e sopram sobre a terra. Três deles estão abertos em frente do céu, três no oeste, três no lado direito do céu, e três no lado esquerdo. Os três primeiros são aqueles que estão virados para o leste, três estão virados para o norte, tres atrás daqueles que estão sobre a esquerda, virados para o sul, e três para o oeste.
2De quatro deles saem ventos de bênção, e de cura; e de oito vêm ventos de punição ou castigo; quando eles são enviados para destruir a terra, e o céu acima dela, todos os seus habitantes, e e tudo o que está nas águas, ou na terra seca.
3O primeiro destes ventos procede do portão oriental, através do primeiro portão ao leste, o qual se inclina para o sul. Deste portão saem a destruição, a aridez, o calor e a perdição.
4Do segundo portão, o do meio, procede a equidade. Dele emanam a chuva, a abundância, a saúde e o orvalho; e do terceiro portão ao norte, vêm o frio e a seca. Depois destes procedem os ventos do sul através de três principais portões; através do seu primeiro portão, que inclina-se para o leste, vem um vento quente.
5Mas do portão do meio vem um agradável odor, orvalho, chuva, saúde e vida. Do terceiro portão, que está ao oeste, vem orvalho, chuva, ruína e destruição.
6Depois desses estão os ventos do norte, que é chamado mar. Eles vêm dos três portões. O primeiro portão é aquele que está ao leste, inclinando-se ao sul; deste vem orvalho, chuva, ruína e destruição. Direto do portão do meio vem chuva, orvalho, vida e saúde. E do terceiro portão, que está ao leste, inclinando-se ao sul, vem névoa, geada, neve, chuva, orvalho e destruição.
7Depois destes, no quarto quadrante estão os ventos do oeste. Do primeiro portão, inclinando-se ao norte, vem orvalho, chuva, geada, neve e frio; do portão do meio vem chuva, saúde e bênção;
8E do último portão, que está ao sul, vem seca, destruição, queima e perdição. O informe dos doze portões dos quatro quadrantes do céu está terminada.
9Todas as suas leis, todas as suas imposições de punição, e a saúde produzida por eles, eu expliquei a ti, meu filho Matusalém.
Capítulo 37
1O primeiro vento é chamado oriental, porque é o primeiro. O segundo é chamado do sul, porque o Altíssimo desce, e freqüentemente ali desce aquele que é abençoado para sempre. O vento ocidental tem o nome de diminuição, porque ali todas as luminárias do céu estão diminuídas, e descem.
2O quarto portão, cujo nome é do norte, é dividido em três partes; uma das quais é para a habitação do homem; outra parte para mares de águas, com vales, bosques, rios, lugares sombrios, e neve, e a terceira parte contém o paraíso.
3Sete altas montanhas eu vi, mais altas do que todas as montanhas da terra, de onde o congelamento procede; enquanto os dias, estações, e anos passam.
Sete rios eu vi sobre a terra, maiores que todos os rios, um dos quais toma seu curso do oeste; para um grande mar suas águas fluem.
4Dois vêm do norte para o mar, suas águas fluem para o Mar da Eritréia, no leste. E com respeito aos outros quatro, eles tomam seu curso na cavidade do norte, dois para seu mar, o mar da Eritréia, e dois são derramados num grande mar, onde também é dito que é um deserto. Sete grandes ilhas eu vi no mar da terra. Sete no grande mar.
5Os nomes do sol são estes: um é Aryares, o outro Tomas. A lua tem quatro nomes. O primeiro é Asonya; o segundo, Ebla; o terceiro, Benase; e o quarto, Erae.
Estes são as duas grandes luminárias, cujas órbitas são como as órbitas do céu; e as dimensões de ambos são iguais.
6Na órbita do sol há uma sétima porção de luz, a qual é adicionada àquela que vem da lua. Elas se põem, entram no portão ocidental, circulam pelo norte, e através do portão oriental passam pela face do céu.
7Quando a lua nasce, ela aparece no céu; e a metade da sétima porção de luz é tudo o que está nela.
Em quarenta dias toda a sua luz é completada.
8Por três quíntuplos de luz são colocados nela, até que em quinze dias sua luz é completada, de acordo com os sinais do ano; ela tem três quíntuplos.
A lua tem a metade de uma sétima porção.
9Durante sua diminuição no primeiro dia sua luz decresce uma décima quarta parte; no segundo dia é diminuída uma décima terceira parte; no terceiro dia uma décima segunda parte; no quarto dia uma décima primeira parte; no quinto dia uma décima parte; no sexto dia uma nona parte; no sétimo dia ela decresce uma oitava parte; no oitavo dia ela decresce uma sétima parte; no nono dia ela decresce uma sexta parte; no décimo dia ela decresce uma quinta parte; no décimo primeiro dia ela decresce uma quarta parte; no décimo segundo dia ela decresce uma terceira parte; no décimo terceiro dia ela decresce uma segunda parte; no décimo quarto dia ela decresce a metade de uma sétima parte; e no décimo quinto dia todo o restante da sua luz é consumido.
10Nos meses declarados a lua tem vinte e nove dias. Ela também tem um período de vinte e oito dias.
Uriel igualmente mostrou-me outro regulamento, quando a luz é derramada nela vinda do sol.
11Todo o tempo em que a lua está em progresso com a sua luz, que é consumida na presença do sol, até que sua luz em quatorze dias seja completada no céu.
12 E quando é totalmente extinta, sua luz é consumida no céu; e no primeiro dia ela é chamada lua nova, pois naquele dia luz é recebida nela.
13Ela torna-se precisamente completa no dia em que o sol desce no oeste, enquanto a lua sobe à noite do leste. A lua então brilha toda a noite, até que o sol se levante diante dela; quando a lua desaparece diante do sol
14De onde a luz vem para a lua, ali novamente ela decresce, até que toda sua luz sema extinguida, e os dias da lua passam. Então sua órbita permanece solitária sem luz.
15Durante três meses ela efetua em trinta dias, a cada mês seu período; e durante mais três meses ela efetua-o em vinte e nove dias. Estes são os tempos nos quais ela efetua seu decréscimo em seu primeiro período, e no primeiro portão, nomeadamente, e, cento e setenta e sete dias.
16E no tempo de seu andamento durante três meses ela aprece trinta dias cada, e durante mais três meses ela aparece vinte e nove dias cada.
À noite ela aparece a cada vinte dias como a face de um homem, e no dia como o céu; pois ela não é nada além de sua luz.
Capítulo 38
1E então, meu filho Matusalém, eu te mostrei tudo; e o relato de toda ordenança das estrelas do céu está terminado. Ele mostrou-me todo decreto com respeito a elas, o que toma lugar em todos os tempos e em todas as estações sob cada influência, em todos os anos, na chegada e sob a regra de cada, durante cada mês e a cada semana. Ele mostrou-me e também o decréscimo da lua, que é efetuada no sexto portão; pois naquele sexto portão sua luz é consumida.
2E lá é o começo do mês; e seu decréscimo é efetuado no sexto portão em seu período, até cento e setenta e sete dias são completados; de acordo com o modo do cálculo pelas semanas, vinte e cinco semanas e dois dias.
3Seus períodos são menos que os do sol, de acordo com a regra das estrelas, por cinco dias em meio ano precisamente. Quando aquela sua visível situação é completada. Assim é o aparecimento e a semelhança de toda luminária, que Uriel, o grande anjo que as conduz, mostrou-me.
4Naqueles dias Uriel respondeu-me e disse: Eu mostrei-te todas as coisas, oh Enoque; E todas as coisas eu te revelei. Você viu o sol, a lua, e aqueles que conduzem as estrelas do céu, que ocasionam todas as suas operações, estações, e chegadas para retorno.
5Nos dias dos pecadores os anos serão encurtados. Sua semente será retroagida em seu prolífico solo; e tudo o que é feito na terra será subvertido, e desaparecem em suas estações. A chuva será restringida, e o céu ainda permanecerá.
6Naqueles dias os frutos da terra serão tardios, e não florescerão na sua estação; e em sua estação os frutos das árvores serão retidos.
7A lua mudará suas leis, e não será vista em seu período. Mas naqueles dias o céu será vista; e esterilidade tomará lugar nas fronteiras das grandes carruagens no oeste. O céu brilhará mais do que quando iluminado por ordem da luz; enquanto muitos chefes entre as estrelas de autoridade errarão, pervertendo seus caminhos e obras.
8Elas não aparecerão na sua estação, que lhes foi ordenada, e todas as classes de estrelas serão fechadas contra os pecadores. Os pensamentos daqueles que habitam na terra transgredirão dentro deles; e eles se perverterão em todos so seus caminhos.
9Eles transgredirão, e considerarão a si mesmos deuses; enquanto que o mal se multiplicará entre eles.E castigo virá sobre eles, para que todos eles sejam destruídos.
Capítulo 39
1ele disse: Oh, Enoque, olha no livro que o céu tem gradualmente derramado; e, lendo o que está escrito nele, entenda toda parte dele. Então eu olhei em tudo o que está escrito, e entendi tudo, lendo o livro e todas as coisas escritas nele, e entendi tudo, todas as obras do homem;
2E de todos os filhos da carne sobre a terra, durante as gerações do mundo. Imediatamente depois eu vi o Senhor, o Rei da glória, o qual tem assim para sempre o Governante de toda a criação.
3E eu glorifiquei o Senhor, por conta de sua longanimidade e bênçãos para com os filhos do mundo.
Naquele tempo eu disse: Abençoado é o homem que morre justo e bom, contra quem nenhuma relação de crime foi escrito, e em quem iniqüidade não é encontrada.
4Então aqueles três santos fizeram com que eu me aproximasse, e colocaram-me na terra, diante da porta da minha casa. E eles disseram-me: Explica tudo a Matusalém, teu filho; e informa a todos os teus filhos, que nenhuma carne será justificada diante do Senhor; pois Ele é seu Criador.
5Durante um ano nós te deixaremos com teus filhos, até que tenhas novamente retomado suas forças, para que possas instruir tua família, escreve estas coisas e explica-as aos teus filhos. Mas em outro ano tu serás tomado do meio deles; e seus corações serão fortalecidos; pois os eleitos apontará a retidão para outros eleitos; os justos com os justos se regozijarão, congratulando-se uns com os outros, mas os pecadores com os pecadores morrerão,
6E os pervertidos com os pervertidos serão afogados. Aqueles que também agiram retamente morrerão por conta das obras dos homens, e serão reunidos por causa das obras dos iníquos. Naqueles dias eles terminaram de conversar comigo. E eu retornei para meus companheiros, abençoando o Senhor dos mundos.
7Agora, meu filho Matusalém, todas estas coisas eu te falei, e te escrevi. A você eu revelei tudo, e te dei os livros de tudo. Preserve, meu filho Matusalém, os livros escritos por teu pai; para que possas revelá-los às futuras gerações.
8Eu tenho dado a ti sabedoria, aos teus filhos e à tua posteridade, para que eles possam revelar aos seus filhos, por gerações para sempre, esta sabedoria em suas palavras; e para que aqueles que compreendem não duraram, mas ouçam com seus ouvidos; para que eles possam aprender sabedoria, e sejam considerados dignos de comer esta saudável comida.
9Abençoados são todos os justos, abençoados são todos os que andam em retidão, nos quais crime não é encontrado, como nos pecadores, quando todos os seus dias são contados.
10Com respeito ao progresso do sol no céu, ele entra e sai de cada portão por trinta dias, com os líderes de milhares de estrelas; com quatro que são adicionadas, e aparecem nos quatro quartos do ano, os quais conduzem-nos, e acompanham-nos em seus quatro períodos.
11Com respeito a eles, os homens erram grandemente, e não calculam-nos nos cálculos de cada era; pois eles grandemente erram com respeito a eles; os homens conhecem acuradamente o que eles são no cálculo do ano. Mas certamente eles são marcados a menos para sempre; um no primeiro portão, um no terceiro, um no quarto, e um no sexto: Para que o ano esteja completo em trezentos e sessenta e quatro dias.
12Verdadeiramente tem sido declarado, e acuradamente tem sido calculado o que está marcado; pois as luminárias, os meses, os períodos fixados, os anos, e os dias, Uriel explicou a mim, e comunicou a mim; a quem o Senhor de toda criação, por consideração de mim, ordenou, (de acordo com o poder do céu, e o poder que ele possui tanto de dia quanto de noite) pra explicar as leis da luz ao homem, do sol, da lua, e das estrelas, e de todo o poder do céu, que está voltado em suas respectivas órbitas.
13Esta é a ordenança das estrelas, que se põem em seus lugares, em suas estações, em seus períodos, em seus dias, e em seus meses. Estes são os nomes daqueles que as conduzem, que vigiam e entram em suas estações de acordo com suas ordenanças e seus períodos, em seus meses, nos tempos de sua influência, e em suas estações.
14Quatro condutores deles entram primeiro, os quais separam os quatro quartos do ano. Depois destes, doze condutores de suas classes, que separam os meses e o ano em trezentos e sessenta e quatro dias, com os líderes de mil, os quais distinguem entre os dias, tanto quanto entre os quatro adicionais; os quais, como condutores, dividem os quatro quartos do ano.
15Estes líderes de mil estão no meio dos condutores, e aos condutores são adicionados atrás de sua estação, e seus condutores fazem a separação. Estes são os nomes dos condutores, os quais separam os quatro quartos do ano, os quais são escolhidos sobre eles: Melkel, Helammelak, Meliyal, and Narel. E os nomes dos que conduzem-nos são Adnarel, Jyasusal, e Jyelumeal.
16Estes são os três que seguem os condutores das classes de estrelas; cada um seguindo os três condutores de classes, os quais seguem aqueles condutores das estações, que dividem os quatro quartos do ano. Na primeira parte do ano levanta-se e governa Melkyas, que é chamado Tamani, e Zahay.
17Todos os dias de sua influência, durante os quais ele governa, são noventa e um dias. E estes são os sinais dos dias que são vistos sobre a terra. Nos dias de sua influência há transpiração, calor e dificuldade. Todas as árvores se tornam frutíferas; as folhas de cada árvore aparecem; o milho é colhido; a rosa e todas as espécies de flores florescem no campo; e as árvores do inverno são secadas.
18Estes são os nomes dos condutores que estão sob eles: Barkel, Zelsabel; e outro condutor adicional de mil é chamado Heloyalef, os dias de cuja influência tem sido completados. O outro condutor depois deles é Helemmelek, cujo nome eles chamam o esplêndido Zahay.
19Todos os dias de sua luz são noventa e um dias.
Estes são os sinais dos dias sobre a terra, calor e seca; enquanto as árvores dão seus frutos, aquecidas e preparadas, e dão seus frutos para seca. Os rebanhos seguem e criam Todos os frutos da terra são colhidos, com tudo nos campos, e as vinhas são pisadas. Isto acontece durante o tempo de sua influência.
20Estes são seus nomes e ordens, e os nomes dos condutores que estão sob eles, dos que são chefes de mil: Gedaeyal, Keel, Heel. E o nome do líder adicional de mil é Asphael. Os dias de sua influência foi completado.
Capítulo 40
1E agora e te mostrei, meu filho Matusalém, toda visão que eu vi antes de você nascer. Eu relatarei outra visão, que eu vi antes que eu fosse casado; elas assemelham-se uma à outra.
2A primeira foi quando eu estava aprendendo de um livro; e a outra eu estava casado com tua mãe. Eu vi uma potente visão; E por conta destas coisas eu supliquei ao Senhor. Eu estava deitado na casa de meu avô Malalel, quando eu vi numa visão o céu se purificando, e sendo arrebatado.
3E caindo na terra, eu vi igualmente a terra sendo absorvida por um grande abismo; e montanhas suspendidas sobre montanhas. e caindo na terra.
Montanhas foram afundadas sobre colinas,árvores imponentes planaram sobre seus troncos, e estavam no ato de serem projetadas, e de serem arremessadas para o abismo.
4Estando alarmado por estas coisas, minha voz hesitou. Eu clamei e disse: A terra é destruída. Então meu avô Malalel levantou e disse-me: Por que clamas, meu filho? E por que lamentas?
5Eu relatei a ele toda a visão que eu havia visto. Ele disse-me: Confirmado está o que tu tem visto, meu filho; E potente a visão do teu sonho com respeito a todo pecado secreto da terra. Sua substância será submersa no abismo, e grande destruição acontecerá.
6Agora, meu filho, levanta; e suplica ao Senhor da glória (pois tu és fiel), para que um remanescente possa ser deixado sobre a terra, e que ele possa não destruí-lo totalmente. Meu filho, toda esta calamidade sobre a terra descerá do céu; sobre a terra haverá grande destruição.
7Então eu levantei, orei, e implorei; e escrevi minha oração para as gerações do mundo, explicando tudo ao meu filho Matusalém. Quando eu desci abaixo, e olhando para o céu, vi o sol vindo do leste, a lua descendo do oeste, e algumas estrelas espalhadas, e tudo o que Deus tem conhecido desde o princípio, eu abençoei o Senhor do julgamento, e magnifiquei-o: porque ele tem enviado o sol dos aposentos do leste; para que, ascendendo e levantando na face do céu, possa crescer e seguir o caminho que foi apontado para ele.
8Eu elevei minhas mãos em retidão, e abençoei o santo, e o Grande. Eu falei com o sopro da minha boca, e com a língua da carne, que Deus havia formado para todos os filhos dos homens mortais, para que eles possam falar; dando-lhes fôlego, boca, e língua para conversar.
9Abençoado és tu, Ó Senhor, o Rei, grande e poderoso em sua grandeza, Senhor de toda criatura do céu, Rei dos reis, Deus de todo o mundo, cujo reinado, e cujo reino e majestade duram para sempre e sempre.
10De geração a geração teu domínio existirá. Todos os céus são teu trono para sempre, e toda a terra o escabelo de teus pés para sempre e sempre.
11Pois tu os fez, e sobre todos reinas. Nenhum ato excede teu poder. Com tua sabedoria és imutável, nem do teu trono, nem de tua presença ela nunca se desvia. Tu sabes todas as coisas, vês e ouve-as; nada se esconde de ti; pois tu percebes todas as coisas.
12Os anjos de teus céus transgrediram, e em carne mortal tua ira permanece, até o dia do grande julgamento, Então, Ó Deus, Senhor e poderoso Rei, eu imploro-te, e suplico-te que respondas minha oração, para que uma posteridade me possa ser deixada na terra, e que toda a raça humana não pereça;
13Para que a terra não seja deixada destituída, e destruição tome lugar para sempre. Ó meu Senhor, que pereça da terra a raça que tem te ofendido, mas que uma justa e reta raça estabeleças por uma posteridade para sempre. Não escondas tua face, ó Senhor, da oração do teu servo.
Capítulo 41
1Depois disto eu vi outro sonho, e expliquei-o todo a ti, meu filho. Enoque levantou e disse a seu filho Matusalém: A ti, meu filho, eu falarei. Ouvi minha palavra, e inclina teu ouvido ao sonho visionário de teu pai. Antes que eu tivesse casado com Edna, tua mãe, eu vi uma visão em minha cama;
2E vi, uma vaca crescer da terra; E esta vaca era branca. Depois disso uma novilha fêmea cresceu; e com ela outro bezerro: Um deles era negro, e outro era vermelho. Outro bezerro. O senso parece requerer que a passagem deve ser lida:
3O bezerro negro então golpeou o vermelho, e o perseguiu sobre a terra. Daquele tempo em diante eu não pude ver nada mais a respeito do bezerro vermelho; mas o negro aumentou de tamanho, e uma novilha fêmea veio com ele.
4Depois disto eu vi muitas vacas procederam, reunindo-se a ele, e seguindo após ele. A primeira jovem fêmea também saiu da presença da primeira vaca; e procurou o bezerro vermelho, mas não o encontrou.
5E ela lamentou com grande lamentação, enquanto ela procurava por ele. Então eu olhei até que aquela primeira vaca veio até ela, e desse tempo em diante, ela se tornou silente, e cessou de lamentar.
6Depois disso ela pariu outra vaca branca. E novamente pariu muitas vacas e bezerros negros. Em meu sonho eu também percebi um touro branco, o qual de igual maneira cresceu, e se tornou um enorme animal.
7Depois dele muitas vacas brancas vieram, se juntando a ele. E eles começaram a parir muitas outras vacas brancas, que se assemelharam a eles e seguiram umas às outras.
8Novamente eu olhei atentamente, enquanto dormindo, e examinei o céu acima. E vi uma estrela cair do céu. A qual estando levantada, comeu e fugiu de entre aquelas vacas.
9Depois disso eu vi outras grandes e vacas negras; e vi todas elas mudarem suas baias e pastagens, e vi seus jovens começam a lamentar um com o outro. Novamente eu vi em minha visão, e examinei o céu; então vi muitas estrelas descendo, e projetando-se do céu para onde a primeira estrela estava,
10No meio destes jovens; enquanto as vacas estavam com eles, alimentando-se no meio deles. Eu olhei e observei-os; quando olhei, eles todos agiram segundo a maneira dos cavalos, e começaram a se aproximar das vacas novas, e todas elas ficaram prenhes, e geraram elefantes, camelos e asnos
11Nisto todas as vacas ficaram alarmadas e apavoradas; quando elas começaram morder com seis dentes, tragando e golpeando com seus chifres. Elas começaram também a devorar as vacas; e vi todos os filhos da terra tremerem, chocados com o terror deles, e de repente fugiram.
Capítulo 42
1Novamente eu percebi-os, quando eles começaram a morder e devorar um ao outro; e a terra clamou. Então eu levantei meus olhos uma segunda vez em direção ao céu, e vi numa visão que, eis que vieram do céu como se fosse a semelhança de homens brancos. Um veio, e três com ele.
2Aqueles três, que vieram por último, pegaram-me pela minha mão; e ergueram-me das gerações da terra, elevaram-me a uma alta estação.
3Então eles mostraram-me uma elevada torre na terra, enquanto todo monte tornou-se diminuído. E eles disseram: Permanece aqui, até que perceba o que virá sobre esses elefantes, camelos, e asnos, sobre as estrelas, e sobre as vacas.
4Então eu olhei para um dos quatro homens brancos, que veio primeiro. Ele segurou a primeira estrela que caiu do céu.
5E amarrando-a, mãos e pés, lançou-a a um vale; um vale estreito, profundo, estupendo, e escuro. Então um deles puxou sua espada, e deu-a aos elefantes, camelos, e asnos, que começaram a morder um ao outro. E toda a terra tremeu por causa deles.
6E enquanto eu via a visão, eis, um daqueles quatro anjos que vieram, lançado do céu, reuniu e tocou todas as grandes estrelas, cuja forma assemelha-se parcialmente à dos cavalos; e amarrando-os todos, mãos e pés, lançou-as nas cavidades da terra.
7Então um daqueles quatro foi para as vacas brancas, e ensinou a elas um mistério. Enquanto as vacas estavam tremendo, ele nasceu e tornou-se um homem, e fabricou para si um grande barco. Nele ele habitou, e três vacas habitaram com ele naquele barco, que cobriu-os.
8Novamente eu elevei meus olhos para o céu, e vi um oponente telhado. Acima dele havia sete cataratas, que derramavam numa certa vila muita água.
Novamente eu olhei, e vi que haviam fontes abertas na terra naquela grande vila.
9A água começou a ferver, e elevar-se sobre a terra; de modo que a vila não foi vista, enquanto todo o solo foi coberto com água. Muita água saiu dela, escuridão, e nuvens. Então eu examine a altura desta água, e ela estava elevada acima da vila.
10Ela fluiu sobre a vila, e ficou mais alta do que a terra. Então todas as vacas que estavam juntas lá, enquanto eu olhava para elas, foram submersas, tragadas, e destruídas na água.
11Mas o barco flutuou sobre ela. Todas as vacas, os elefantes, os camelos, e os anos foram afogados na terra, e todo gado. Eu não pude vê-los. Nem eles foram capazes de fugir, mas pereceram, e afundaram no abismo.
12Novamente eu vi numa missão até aquelas cataratas foram removidas daquele elevado telhado, e as fontes da terra se tornaram equalizadas, enquanto outros abismos foram abertos;
13Para os quais as águas começaram a descer, até a terra seca aparecer. O barco permaneceu na terra; a escuridão retrocedeu; e se tornou em luz. Então a vaca branca, que se tornou num homem, saiu do barco, e três vacas com ele.
14Uma das três vacas era branca, assemelhando-se àquela vaca, uma delas era vermelha como sangue; e uma delas era negra. E a vaca branca deixou-as. Então feras selvagens e pássaros começaram a surgir.
15De todos esses tipos diferentes reuniram-se, leões, tigres, lobos, cães, javalis selvagens, raposas, coelhos e porcos. Corujas, corvos e milhafres.
Então a vaca branca nasceu no meio deles.
16E eles começaram a morder um ao outro, enquanto a vaca branca, que havia nascido no meio deles, trouxe um asno selvagem e uma vaca branca ao mesmo tempo e depois daquele muitos asnos selvagens. Então a vaca branca, a qual nasceu, deu uma porca negra selvagem e um cordeiro branco.
17Aquela porca selvagem também deu muitos suínos. E aquele cordeiro deu doze cordeiros. Os doze patriarcas. Quando aqueles doze cordeiros cresceram, eles entregaram um deles aos asnos. Novamente aqueles asnos entregaram aquele cordeiro aos lobos. E ele cresceu no meio deles.
18Então o Senhor trouxe as outras doze ovelhas, para que pudessem habitar e alimentar-se com ele no meio dos lobos. Eles multiplicaram-se, e houve abundância de pastos para eles.
19Mas os lobos começaram a ficar amedrontados e oprimiram-nos enquanto eles destruíam seus jovens. E eles deixaram seu jovem em torrentes de água profunda.
Então as ovelhas começara, a clamar por causa de seus filhos, e fugiram para refugiar o seu Senhor. Um, entretanto, que foi salvo, escapou e foi para os asnos selvagens.
20Eu vi a ovelha gemendo, chorando, e implorando ao seu Senhor. Com todo o seu poder, até que o Senhor das ovelhas desceu à sua voz da sua elevada habitação; foi a eles; e examinou-as.
21Ele chamou aquela ovelha que foi secretamente furtado dos lobos, e disse-lhe para fazer os lobos entenderem que eles não deviam tocar as ovelhas.
22Então aquela ovelha foi aos lobos com a palavra do Senhor, quando outro o encontrou, e continuou com ele. Ambos entraram junto na habitação dos lobos; e conversando com eles fizeram-nos entender, que daí em diante eles não deviam tocar nas ovelhas.
23Depois disso eu percebi os lobos prevalecendo grandemente sobre as ovelhas com toda a sua força. O rebanho clamou; e seu Senhor veio até eles. Ele começou a ferir os lobos, que começaram uma grave lamentação; mas as ovelhas ficaram silentes, nem daquele tempo elas clamaram.
24Então eu olhei para elas, até elas apartarem-se dos lobos. Os olhos dos lobos estavam cegos, os quais saíram e seguiram-nas com todo o seu poder. Mas o Senhor das ovelhas continuou com elas, e as conduziu.
Todo o seu rebanho o seguiu.
25Seu semblante ficou terrível e esplêndido, e glorioso era seu aspecto. Então os lobos começaram a seguir as ovelhas, até que eles alcançaram-nas num certo lago de água.
26Então aquele lago ficou dividido; a água erguendo-se em ambos os lados diante de sua face.
E enquanto seu Senhor estava conduzindo-as, ele colocou-se entre elas e os lobos.
27Os lobos, entretanto não perceberam as ovelhas, mas foram no meio do lago, seguindo-as, e correndo atrás delas no lago de água. Mas quando eles viram o Senhor das ovelhas, eles voltaram para fugir de diante de sua face.
28Então a água do lago retornou, e repentinamente, de acordo com sua natureza. Ela se tornou cheia, e levantou-se, até que cobriu os lobos. E eu vi que todos eles que haviam seguido as ovelhas pereceram e foram afogados.
29Mas as ovelhas passaram sobre esta água, continuando para o deserto, que estava sem água e grama. E eles começaram a abrir seus olhos e a ver.
Então eu vi o Senhor das ovelhas examinando-as, e dando-lhes água e grama.
30As ovelhas já mencionadas continuavam com elas, e conduzindo-as. E quando ele tinha subido ao topo de uma alta rocha, o Senhor das ovelhas enviou-o a elas. Depois disso eu vi seu Senhor colocado diante delas, com um aspecto terrível e severo.
31E quando elas viram-no, elas ficaram amedrontadas com seu semblante. Todas elas ficaram alarmadas, e tremeram. Elas clamaram para aquela ovelha; e para aquela outra ovelha que estava com ele, e o qual estava no meio delas, dizendo: Nós somos capazes de permanecer diante do nosso Senhor, ou de olhar para ele.
32Então aquela ovelha que os conduziu saiu, e subiu ao topo da rocha; Enquanto as ovelhas que restaram começaram a ficar cegas, e a vagar pelo caminho que ele lhes havia mostrado; mas ele não o soube.
33Seu Senhor, entretanto, estava movido de grande indignação contra eles; e quando aquela ovelha soube o qua havia acontecido, Ele desceu do topo da rocha, e veio a eles, descobriu que havia muitos,
Que se tornaram cegos;
34E tinham desviado de seu caminho. Tão logo elas viram-no, temeram, e tremeram na sua presença;
E ficaram desejosos de retornar ao seu rebanho, Então aquela ovelha, tomando consigo outra ovelha, foi àqueles que tinham se perdido.
35E depois disso começou a matá-los. Eles ficaram aflitos ao seu semblante. Então ele fez com que aqueles que tinham se desviado retornassem; os quais voltaram para seu rebanho.
36Eu igualmente vi naquela visão, que esta ovelha se tornou num homem, construiu uma casa para o Senhor do rebanho, e fez todos eles ficarem na casa.
37Eu vi também que aquela ovelha que procedeu a encontrar esta ovelha, seu condutor, morreu. Eu vi também que toda grande ovelha pereceu, enquanto que as menores subiram eu seu lugar, entraram num pasto, e aproximaram-se de um rio de água. O rio Jordão.
38Então aquela ovelha, seu condutor, que se tornou num homem, foi separado delas, e morreu.
Todo o rebanho procurou por ele, e clamou por ele com amarga lamentação. Eu vi também que eles cessaram de clamar por aquela ovelha e passaram sobre o rio de água.
39E que lá se levantou outra ovelha, todas de quem as conduziu, em vez daqueles que foram mortos, os quais tinham previamente conduzido-as.
Os juízes de Israel. Então eu vi que aquela ovelha entrou a um agradável lugar, e um deleitável e glorioso território.
40Eu vi também que eles ficaram satisfeitos; que sua casa estava no meio daquele deleitável território; e que algumas vezes seus olhos estavam abertos, e que algumas vezes eles ficavam cegos; até que outra ovelha levantou-se e conduziu-as. Ele trouxe-os todos de volta; e seus olhos foram abertos.
41Então cães, lobos, e javalis selvagens devoraram-nos, até, até novamente outra ovelha levantar, o mestre do rebanho; um deles mesmos, um carneiro, para conduzi-los. Este carneiro começou a chifrar em todo lado aqueles cães, lobos, javalis selvagens, até que todos eles pereceram. Saul. Seus olhos, e vi o carneiro no meio deles, os quais tinham deixaram de lado sua glória.
42E ele começou a ferir o rebanho, pisando sobre eles, e comportando-se sem dignidade. Então seu Senhor enviou a antiga ovelha novamente para uma still diferente ovelha, e levantou-o para ser um carneiro, e para conduzi-las no lugar daquela ovelha que tinha deixado de lado sua glória.
Capítulo 43
1Indo então a ele, e conversando com ele só, ele levantou o carneiro, e fez dele um príncipe e líder do rebanho. Todo o tempo aqueles cães aborreceram a ovelha, Os Filisteus. O primeiro carneiro pagou respeito a este último carneiro.
2Então o último carneiro levantou e fugiu de diante de sua face. E eu vi que aqueles cães fizeram o primeiro carneiro cair. Mas o último carneiro levantou, e conduziu o carneiro menor. Aquele carneiro também gerou muitas ovelhas, e morreu.
3Então houve uma ovelha menor, um carneiro, no lugar dele, que tornou-se um príncipe e líder, conduzindo o rebanho. Salomão. E a ovelha aumentou de tamanho, e multiplicou.
4E todos os cães, lobos, e javalis selvagens temeram, e fugiram dele. Aquele carneiro também golpeou e matou todas as bestas feras, de modo que eles não pudessem novamente prevalecer no meio das ovelhas, nem em nenhum tempo arrebate-as.
5E aquela casa foi feita grande e larga; uma imponente torre sendo construída sobre ela pelas ovelhas, para o Senhor das ovelhas. A casa era baixa, mas a torre era elevada e muito alta. Então o Senhor das ovelhas colocou-se sobre a torre, e causou uma mesa cheia aproximar-se diante dele.
6Novamente eu vi que aquela ovelha perdeu-se, e foi para vários caminhos, esquecendo-se daquela sua casa; E que seu Senhor chamou alguns entre eles, os quais ele enviou-as a eles.
7Mas a estes as ovelhas começaram a matar. E quando um deles foi salvo da matança ele saltou, e clamou contra aqueles que estavam desejosos de matá-los.
8Mas o Senhor das ovelhas livrou-o das suas mãos, e o fez subir a ele, e permanecer com ele. Ele enviou muitos outros a elas, para testificar, e com lamentações para clamar contra eles. Novamente eu vi, quando alguns deles esqueceram a casa do seu Senhor, e sua torre, vagando em todos os lugares, e crescendo cegos,
9Eu vi que o Senhor das ovelhas fez uma grande matança entre eles em suas pastagens, até que eles clamaram a ele em conseqüência da matança. Então ele apartou-as do lugar de sua habitação, e os deixou no poder dos leões, tigres, lobos, e das zeebt, e ao poder das raposas, e de todo animal.
10E os animais selvagens começaram a despedaçá-los. Eu vi, também, que eles esqueceram a casa de seus pais, e sua torre, dando-os todos ao poder dos leões para despedaçá-los e devorá-los; até ao poder de todo animal.
11Então eu comecei a clamar com todo meu poder, implorando ao Senhor das ovelhas, e mostrando-lhe como as ovelhas eram devoradas por todos os animais de rapina.
12Mas ele olhou em silêncio, regozijando-se de que elas fossem devoradas, engolidas, e carregadas; e deixando-as ao poder de todo animal por comida. Ele chamou também setenta pastores, e designou-os ao cuidado das ovelhas, para que eles possam cuidar delas;
13Dizendo a eles e aos seus associados: Todos vós, de agora em diante todos vós cuideis das ovelhas, e a todos eu ordeno; fazei; e eu os entrego para as enumerarem. Eu vos direi qual delas serão mortas; a estas destruís. E ele entregou as ovelhas a eles.
14Então ele chamou a outro, e disse: Entende, e cuida de tudo o que os pastores farão a estas ovelhas; pois muitas delas perecerão depois que eu ordenei. De todo excesso e matança, que os pastores cometerão, haverá uma conta; como, quantas pereceram pelo meu comando, e quantos eles destruíram por sua própria cabeça.
15De toda destruição trazida por cada um dos pastores haverá uma contagem; e de acordo com o número eu farei com que um recital seja feito diante de mim, quantas eles destruíram por suas próprias cabeças, e quantas eles entregaram à destruição, para que eu possa ter esse testemunho contra eles; para que eu possa saber todos os seus procedimentos; e que, entregando as ovelhas a eles, eu possa ver o que eles farão; se eles agirão como eu lhes ordenei, ou não.
16Disto, portanto, eles serão ignorantes; nem farás qualquer explanação a eles, nem os reprovarás; mas haverá uma contagem de toda destruição feita por eles em suas respectivas estações. Então eles começarão a matar, e a destruir mais do que lhes for ordenado.
17E eles deixaram as ovelhas sob o poder dos leões, assim que muitos deles foram devorados e engolidos pelos leões e tigres; e javalis selvagens caíram sobre eles para depredá-los. Aquela torre eles queimaram, e derrubaram aquela casa.
18Então eu me afligi extremamente por causa da torre, e porque a casa das ovelhas foi derrubada. Nem fui, depois disso, capaz de perceber se eles entraram novamente naquela casa.
19Os pastores igualmente, e seus associados, entregaram-nos a todos os animais selvagens, para que os devorassem. Cada um deles em sua estação, de acordo com seu número, foi entregue; cada um deles, um com o outro, foram descritos num livro, como muitos deles, um com o outro, foram destruídos, num livro.
20Mais, porém, do que foi ordenado, cada pastor matou e destruiu. Então eu comecei a chorar, e fiquei grandemente indignado, por causa dos pastores. De igual maneira, também vi na visão aquele que escreveu, como ele escreveu um, destruído pelos pastores, todo dia. Ele subiu, permaneceu, e exibiu cada um de seus livros para o Senhor das ovelhas, contendo tudo o que eles haviam feito, e tudo o que cada um deles tinha feito;
21E todos os que eles haviam entregue à destruição. Ele tomou o livro em suas mãos, rei-o, selou-o, e depositou-o. Depois disso, por doze horas, os pastores negligenciaram as ordens do senhor.
22E eis que três das ovelhas separadas, chegaram, entraram; e começaram construindo tudo o que estava caído daquela casa. Zorobabel, Josué e Neemias. Mas os javalis selvagens estorvaram-nos, apesar de que eles não prevaleceram.
23Novamente eles começaram a construir como antes, e levantaram aquela torre que foi chamada “a torre elevada”. E novamente eles começaram a colocar diante da torre uma mesa, com todo tipo de pães impuros e sujos sobre ela.
24Além disso também todas as ovelhas eram cegas, e não podiam ver, como também eram os pastores.
Assim elas foram entregues aos pastores para uma grande destruição, que as pisaram sob seus pés, e devoraram-nas.
25Contudo o seu Senhor estava ciente, até que toda ovelha no campo foi destruída. Os pastores e as ovelhas foram todos mesclados, juntos, mas eles não salvaram-nos do poder dos animais.
26Então aquele que escreveu o livro subiu, exibiu-o e leu-o na residência do Senhor das ovelhas. Ele pediu-lhe por eles, e orou, apontando cada ato dos pastores, e testificando diante dele contra todos eles. Então, tomando o livro, ele guardou-o consigo, e apartou-se.
Capítulo 44
1E eu observei durante o tempo, que assim trinta e sete pastores estiveram inspecionando, todos dos quais terminaram em seus respectivos períodos como o primeiro. Outros então receberam-nos em suas mãos, para que pudessem cuidar delas em seus respectivos períodos, cada pastor em seu próprio período.
2Depois disso eu vi na visão, que todos os pássaros do céu chegaram; águias, o viveiro, o papagaio e corvos. A água instruiu a todas. Elas começaram a devorar as ovelhas, a picar seus olhos, e a comer seus corpos. A ovelha então clamou; pois seus corpos foram devorados pelos pássaros.
3Eu também clamei, e gemi em meu sono contra os pastores que cuidavam do rebanho. E olhei, enquanto as ovelhas eram comidas pelos cães, pelas águias e pelos corvos. Eles não deixaram seus corpos, nem sua pele, nem seus músculos, e somente seus ossos restaram; até seus ossos caíram sobre o chão. E a ovelha ficou diminuída.
4Eu também observei durante o tempo, que vinte e três pastores estavam cuidando, os quais completaram seus respectivos períodos, cinqüenta e oito períodos.
5Então pequenos cordeiros nasceram daquela ovelha branca; que começaram a abrir seus olhos e a ver, chorando pela ovelha. A ovelha, porém, não clamou a eles, nem ouviu o que eles lhe diziam, mas ficou muda, cega e obstinada em maior intensidade. Eu vi na visão que corvos voaram sobre aqueles cordeiros;
6Que eles agarraram-nos; e que seguraram um deles, e rasgaram a ovelha em pedaços, e os devoraram.
Eu vi também, que chifres cresceram nos cordeiros; e que os corvos pousavam sobre seus chifres. Eu vi, também, que um grande chifre brotou num animal entre as ovelhas, e que seus olhos estavam abertos.
7Ele olhou para elas. Seus olhos estavam bem abertos; e ele clamava para elas. Então o íbex viu-o; todos eles correram para ele. O íbex. Provavelmente simbolizando Alexandre o Grande
8E enquanto isso, todas as águias, os corvos e os papagaios estavam ainda levando a ovelha, voando sobre ela, e devorando-a. A ovelha ficou em silêncio, mas o íbex lamentou e chorou.
9Então os corvos contenderam, e lutaram com ela. Eles desejaram entre eles quebrar seu chifre; mas eles não prevaleceram contra ele. Eu olhei para eles, até os pastores, as águias, o abutres, e os papagaios vieram.
10Os quais clamaram aos corvos para quebrar o chifre do íbex; para contender com ele; e para matá-lo. Mas ele lutou com eles, e clamou, para que ajuda pudesse vir a ele. Então eu percebi que o homem veio, o que escreveu os nomes dos pastores, o qual subiu diante do Senhor das ovelhas.
11Ele trouxe assistentes, e fez com que cada um o visse descendo para ajudar o íbex. Eu percebi também que o Senhor das ovelhas veio a elas com ira, enquanto todos aqueles que viram-no fugiram; todos caíram em seu tabernáculo diante de sua face; enquanto todas as águias, os corvos, e papagaios se reuniram e trouxeram com eles todas as ovelhas do campo.
12Todos vieram juntos, e impediram de quebrar o chifre do íbex. Então eu vi aquele homem que escreveu o livro à palavra do Senhor, abriu o livro da destruição, daquela destruição com os últimos doze pastores; e o mostrou diante do Senhor das ovelhas, para que eles destruíssem mais do que aqueles que os precederam.
13Eu vi também que o Senhor das ovelhas veio a elas, e tomando em sua mão o cetro de sua ira preso na terra, que se dividiu ao meio; enquanto todos os animais e pássaros do céu caíram sobre as ovelhas, e afundaram na terra, que fechou-se sobre eles.
14Eu vi, também, que uma grande espada foi dada às ovelhas, que saíram contra todos os animais do campo para matá-los. Mas todos os animais e pássaros do céu fugiram de diante da sua face.
15E eu vi um trono erguido numa terra deleitável; Sobre ele assentava-se o Senhor das ovelhas, o qual recebeu todos os livros selados; Os quais foram abertos diante dele.
16Então o Senhor chamou os primeiros sete brancos, e ordenou-os trazerem diante dele a primeira de todas as estrelas, a qual precedeu as estrelas que se assemelhavam parcialmente à forma de cavalos; a primeira estrela, que caiu primeiro; e eles trouxeram-na diante dele.
17E ele falou ao homem que escreveu em sua presença, o qual era um dos sete brancos, dizendo: Toma aqueles setenta pastores, aos quais eu entreguei as ovelhas, e os quais recebendo-as mataram mais delas do que eu ordenei. Eis que, eu vi-os todos amarrados, e m pé diante dele. Primeiro veio no julgamento das estrelas, que sendo julgadas, e consideradas culpadas, foram para o lugar da punição. Elas confiaram-nas a um lugar, profundo, e cheio de chamas de pilares de fogo. Então os setenta pastores foram julgados, e considerados culpados, foram confiados às chamas do abismo.
18Neste tempo igualmente eu vi, que o abismo estava assim aberto no meio da terra, que estava cheia de fogo.E a ela foram trazidas as ovelhas cegas; as quais sendo julgadas, e consideradas culpadas, foram todas confiadas àquele abismo de fogo na terra, e queimaram. O abismo ficava à direita daquela casa. E eu vi as ovelhas queimando, e seus ossos sendo consumidos.
19Eu fiquei olhando-o imergir aquela antiga casa, enquanto eles trouxeram seus pilares, cada planta nela, e o marfim ali contido. Eles trouxeram-no para fora, e depositaram-no no lugar ao lado direito da terra.
20Eu também vi, que o Senhor das ovelhas produziu uma nova casa, grande e mais elevada do que a anterior, a qual ele ligou com o antigo lugar circular. Todos os seus pilares eram novos, e seu mármore novo, também mais abundante do que o antigo mármore, que ele havia trazido.
21E enquanto todas as ovelhas que foram deixadas no meio dela, todos os animais da terra, e todas as aves do céu, prostraram-se e adoraram-no, implorando a ele, e obedecendo-o em tudo.
22Então aqueles três, que estavam vestidos de brando, e os quais, segurando-me pela minha mão, tinham antes me feito subir, enquanto a mão daquele que falava comigo me segurava; e colocava-me no meio das ovelhas, antes que o julgamento acontecesse.
23A ovelha era toda branca, com lã longa e pura. Então todas as que tinham perecido, e tinham sido destruídos, todo animal do campo, e toda ave do céu, reuniram-se naquela casa: enquanto o Senhor das ovelhas regozijou-se com grande alegria, porque todas estavam bem, e tinham voltado novamente para sua habitação.
24E eu vi que elas abaixaram a espada que havia sido dada às ovelhas, e retornou à sua casa, selando-a na presença do Senhor. Todas as ovelhas haviam sido fechadas naquela casa, tinha sido capaz de contê-las; e os olhos de todas foram abertos, contemplando o Bondoso; não houve entre elas quem não o viu.
25Eu igualmente percebi que a casa era grande, larga e extremamente cheia. Eu vi também, que a vaca branca havia nascido, cujos chifres eram grandes; e que todos os animais do campo, e todas as aves do céu, estavam alarmadas com ele, e imploraram a ele todas as vezes.
26Então eu vi que a natureza deles foi mudada, e que eles se tornaram vacas brancas; E que o primeiro, o qual estava no meio deles, falou, quando aquela palavra tornou-se um grande animal, sobre cuja cabeça havia grandes chifres negros;
27Enquanto o Senhor das ovelhas regozijou-se por causa delas, e de todas as vacas. Eu caí no meio deles: Eu acordei; e vi o todo. Esta é a visão que eu vi, descendo e despertando. Então eu abençoei o Senhor da justiça, e dei glória a Ele.
28Depois disso eu chorei abundantemente, não cessaram minhas lágrimas, de modo que eu tornei-me incapaz de suportá-lo. Enquanto eu estava olhando, eles fluíram por causa do que eu vi; pois tudo estava vindo e indo; cada circunstância individual com respeito à conduta da humanidade que estava sendo vista por mim.
Naquela noite eu relembrei meus sonhos anteriores; e então chorei e me afligi, por causa do que eu tinha visto na visão.
Capítulo 45
1E agora, meu filho Matusalém, chama para mim todos os teus irmãos, e reúne para mim todos os filhos de tua mãe; pois uma voz me chama, e o espírito está colocado sobre mim para que eu possa mostrar-te tudo o que te acontecerá para sempre.
2Então Matusalém foi, chamou-lhes todos de os seus irmãos, e reuniu seus filhos. E conversando com todos seus filhos na verdade, Enoque disse: Ouve, meu filho, toda palavra de teu pai, e escuta com honradez a voz da minha boca; pois eu gostaria de obter tua atenção, enquanto me dirijo a ti. Meu amado, estejas ligado à integridade, e anda nela.
3Não te aproximes da integridade com um coração duplo; nem te associes a homens com mente dupla: mas anda, meu filho, em retidão, a qual te conduzirá em bons caminhos; e seja a verdade a tua companhia.
4Pois eu sei , que opressão existirá e prevalecerá na terra; que no fim grande punição na terra acontecerá; e que haverá uma consumação de toda iniqüidade, que será cortada com suas raízes, e toda estrutura que levantou-se passará. Iniqüidade, entretanto, será renovada novamente, e consumida na terra. Todo ato de crime, e todo ato de opressão e impiedade serão abraçados uma segunda vez.
5Quando então a iniqüidade, pecado, blasfêmia, tirania, e toda má obra, aumentar, e quando transgressão, impiedade, impureza também aumentar, então sobre eles toda grande punição será infligida desde o céu.
6O santo Senhor irá em ira, e sobre eles toda grande punição do céu será infligida. O santo Senhor sairá em ira, e com punição, para que possa executar julgamento sobre a terra.
7Naqueles dias opressão será cortada em suas raízes, e iniqüidade com fraude será erradicada, perecendo de sob o céu. Todo lugar de força será rodeado com seus habitantes; com fogo ele será queimado. Eles serão trazidos de toda parte da terra, e serão lançados num julgamento de fogo. Eles perecerão em ira, e por um julgamento dominando-os para sempre.
8Retidão se levantará do descanso; e sabedoria se levantará, e conferida sobre eles. Então as raízes da iniqüidade serão cortadas; pecadores perecerão pela espada; e blasfemadores serão aniquilados em todos os lugares.
9Aqueles que meditam opressão, e aqueles que blasfemam, pela espada perecerão. E agora, meu filho, eu descreverei e mostrarei a ti o caminho da retidão e o caminho da opressão.
10Eu novamente os apontarei para ti, para que possas saber o que está por vir. Ouvi agora, meu filho, e anda no caminho da retidão, mas evita aquele da opressão; pois todo o que anda no caminho da iniqüidade perecerá para sempre.
11Aquilo que foi escrito por Enoque. Ele escreveu toda esta instrução de sabedoria para todo homem de dignidade, e todo juiz da terra; para todos os meus filhos que habitarão sobre a terra, e para subsequentes gerações, conduzindo-se elevada e pacificamente.
12Não deixes que teu espírito seja afligido por causa dos tempos; pois o santo, o Grande, prescreveu um período para tudo.
13Deixe que os homens justos se levantem do sonho, deixe-os levantar, e prossiga no caminho da retidão, em todos os seus caminhos; e deixa-os avançar em bondade e eterna clemência. Misericórdia será mostrada aos homens justos; sobre eles serão conferidos integridade e poder para sempre. Em bondade e retidão eles existirão, andarão em eterna luz; mas pecado perecerá em eterna escuridão, nem será vista daquele tempo em diante eternamente.
Capítulo 46
1Depois disto, Enoque começou a falar sobre um livro. E Enoque disse: Concernente aos filhos da retidão, concernente aos eleitos do mundo, e concernente à semente da retidão e integridade.
2Concernente a estas coisas eu falei, e estas coisas e explicarei a ti, meu filho: e que sou Enoque. Em conseqüência daquilo que me foi mostrado, de minha visão eterna e da voz dos santos anjos eu tenho adquirido conhecimento; e da mesa do céu eu adquiri entendimento.
3Enoque então começou a falar de um livro, e disse: Eu nasci o sétimo na primeira semana, enquanto julgamento e retidão esperavam com paciência. Mas depois de mim, na segunda semana, grande iniqüidade se levantou, e fraude espalhou-se.
4Naquela semana o fim do primeiro acontecerá, na qual a humanidade será salva. Humanidade será salva. Ou, "o homem será salvo" quando o primeiro é completado, iniqüidade crescerá; e durante a segunda semana ele executará o decreto sobre os pecadores.
5Depois disso, na terceira semana, durante sua conclusão, o homem da planta dos justos julgamentos será selecionada; e depois dele a Planta da retidão virá para sempre.
6Subsequentemente, na quarta semana, durante sua conclusão, a visão dos santos e dos justos será vista, a ordem de geração após geração tomará lugar, uma habitação será feita para eles. Então na quinta semana, durante sua conclusão, a casa da glória e da dominação será erigida para sempre.
7Depois disso, na sexta semana, todos aqueles que existirem nele serão escurecidos, os corações de todos eles estarão esquecidos da sabedoria, e nele um Homem se levantará e virá.
8E durante sua conclusão Ele queimará a casa do domínio com fogo, e toda a raça da raiz eleita será dispersa. A destruição de Jerusalém e o desembolso daqueles que habitam naquela terra no fim do sexto (e no começo do sétimo) Milênio.
9Depois disso, na sétima semana, uma geração perversa se levantará; abundantes serão seus feitos, e todos os seus feitos perversos. Durante sua conclusão, os justos serão selecionados dentre a eterna semente da justiça eterna; e a eles será dado a doutrina de sua criação.
10Depois haverá outra semana, a oitava, da retidão, para a qual será dada uma espada para executar julgamento e justiça sobre todos os opressores.
11Os pecadores serão entregues nas mãos dos justos, os quais durante sua conclusão adquirirão habitações para sua retidão; e a casa do grande Rei será estabelecida para celebrações para sempre. Depois disso, na nona semana, o julgamento da retidão será revelado para todo o mundo.
12Toda obra de maldade desaparecerá de toda terra; o mundo será marcado para a destruição; e todos os homens estarão atentos ao caminho da integridade.
E depois disso, no sétimo dia da décima semana, haverá um eterno julgamento, que será executado sobre os Sentinelas; e um eterno céu espaçoso brotará no meio dos anjos.
13O antigo céu se apartará e passará; um novo céu aparecerá; e os poderes celestiais brilharão com esplendor para sempre. Depois, igualmente haverá muitas semanas, que existirão em extrema bondade e retidão.
O pecado nem será nomeado lá para sempre e sempre.
14Quem haverá lá, de todos os filhos dos homens, capaz de ouvir a voz do Santo sem emoção?
Quem haverá, capaz de pensar seus próprios pensamentos? Quem será capaz de contemplar toda a obra do céu? Quem, de compreender os feitos do céu?
15Ele poderá ver sua animação, mas não seu espírito. Ele pode ser capaz de conversar la respeito dele, mas não de souber a ele. Ele poderá ver todas as fronteiras destas coisas, e meditar sobare elas; mas ele não pode fazer nada iguais a elas.
16Qual, de todos os homens, é capaz de entender a largura e o comprimento da terra? Por quem tem sido visto as dimensões de todas estas coisas? Todo homem que é capaz de compreender a extensão do céu; qual é a sua elevação, e pelo que ele é apoiado? Quais são os números das estrelas; e onde todas as luminárias ficam no descanso?
Capítulo 47
1E agora me deixe exortar-te, meu filho, a amar a retidão e a andar nela; pois os caminhos da retidão são dignos de aceitação; mas os caminhos da iniqüidade repentinamente falharão, e serão diminuídos. Aos homens de note em sua geração os caminhos da opressão e morte são revelados; mas eles se mantêm longe dele.
2Agora, também, deixe-me exortar aqueles que são justos, para que não andem nos caminhos do mal e da opressão, nem nos caminhos da morte. Não se aproximem deles, para que não pereças, mas; mas deseja, E escolhei para vós mesmos a retidão, e boa vida.
3Andai nos caminhos da paz, para que sejais encontrados dignos. Retenhais minhas palavras em vossos pensamentos secretos, e não obliterate-os de vossos corações; pois eu sei que os pecadores aconselham os homens a cometer crime astuciosamente. Eles não se encontram em todo lugar, nem todo conselho possui um pouco deles.
4Ai daqueles que constroem iniqüidade e opressão, e lançam o fundamento da fraude; pois repentinamente eles são subvertidos, e nunca obtêm paz.
5Ai daqueles que constroem suas casas de crime; pois de suas próprias fundações suas casas serão demolidas, e pela espada eles mesmos cairão. Aqueles, também, que adquirem ouro e prata, justamente e repentinamente perecerão. Ai de ti, que és rico, pois em tua riqueza confiaste; mas sereis removidos de tuas riquezas, porque não te lembraste do Altíssimo nos dias de tua prosperidade.
6Tu tens cometido blasfêmia e iniqüidade, e estás destinado ao dia da efusão de sangue, ao dia da escuridão, e ao dia do grande julgamento. Isto eu declaro a aponto a ti, que aquele que te criou te destruirá.
7Quando tu caíres, ele não te mostrará misericórdia; mas teu Criador se regozijará em tua destruição. Deixem aqueles, então, que serão retos entre vós naqueles dias, detestem os pecadores, e os mundanos.
8Oh que meus olhos estejam nublados de água, que eu, para que eu possa chorar sobre ti, e derramar minhas lágrimas como um rio, e descansar da tristeza do meu coração! Quem te permitiu irar e transgredir? Julgamento te surpreenderá, ó pecadores.
9Os justos não temerão os iníquos; porque Deus os trará novamente com seu poder, para que possa vingar-se deles de acordo com seu prazer. Ai de vós que estarão tão presos por execrações, para que não possais ser soltos delas; o remédio estando longe de ser removido de ti por causa dos teus pecados. Ai de vós que recompensam vossos vizinhos com o mal; pois sereis recompensados de acordo com vossas obras.
10Ai de vós, falsas testemunhas, vós que provocais e agravais a iniqüidade; pois perecereis repentinamente. Ai de vós, pecadores, pois rejeitais os justos; pois recebeis ou rejeitareis por prazer aqueles que cometem iniqüidade; e seu jugo prevalecerá sobre vós.
Capítulo 48
1Aguardai em esperança, vós justos; pois os pecadores perecerão diante de vós, e exercereis domínio sobre eles, de acordo com vosso prazer. No dia dos sofrimentos dos pecadores vossa descendência será alçada, e elevada como águias. Vossos ninhos serão mais exaltados do que os da águia; tu subirás, e entrarás nas cavidades da terra, e fendas das rochas para sempre, como os coelhos, da vista dos mundanos;
2Os quais gemerão sobre vós, e chorarão como as sirenes. Tu não temerás aqueles que te aborrecem; pois a restauração será tua; a esplêndida luz brilhará ao redor de ti, e a voz da tranqüilidade será ouvida do céu. Ai de vós, pecadores; pois vossa riqueza vos faz assemelhar aos santos, mas vossos corações vos reprovam, sabendo que sois pecadores. Vossas palavras testificarão contra vós, como lembrança do crime.
3Ai de vós que se alimentam sobre a glória do milho, e bebem da força da mais profunda fonte, e no orgulho do seu poder pisam nos humildes. Ai de vós que tomam água por deleite; pois repentinamente sereis recompensados, consumidos, e murchareis, porque esquecestes da fundação da vida.
4Ai de vós que agem iniquamente, fraudulosamente, e em blasfêmia; lá haverá uma lembrança contra vós por mal. Ai de vós, poderosos, que com poder ferem a justiça, pois o dia de vossa destruição virá; enquanto aquele mesmo tempo muitos e bons dias será a porção dos justos, mesmo mo tempo do vosso julgamento.
5Os justos estão confiantes que os pecadores serão desgraçados, e perecem no dia da iniqüidade. vós estareis cônscios dele; pois o Altíssimo vos lembrará de vossa destruição, e os anjos regozijarão sobre ela. O que farão os pecadores? E para onde fugireis no dia do julgamento, quando ouvireis as palavras da oração dos justos?
6Vós não sereis iguais àqueles que a esse respeito testemunham contra vós; vós sois associados a pecadores. Naqueles dias as orações dos justos virá diante do Senhor. Quando o dia do vosso julgamento chegará; e toda circunstância de vossa iniqüidade será relatada diante do Grande e do Santo.
7Vossas faces se cobrirão de vergonha; enquanto todo feito, fortalecido pelo crime, será rejeitado. Ai de vós, pecadores, que no meio do mar, e na terra seca, são aqueles contra quem um mau testemunho existe. Ai de vós que desperdiçam prata e ouro, não obtidos em retidão, e dizem: Somos ricos, possuímos abundância, e temos adquirido tudo o que desejamos.
8Então faremos tudo o que estivermos dispostos a fazer, pois amontoaremos prata; nossos celeiros estarão repletos, e os chefes de nossas famílias serão como água transbordante.
9Como água a falsidade passará; pois tua riqueza não será permanente, mas repentinamente ascenderá de ti, porque toda ela tua a obtiveste iniquamente, e serás entregue à extrema maldição.
10E agora eu te juro, astutos e insensatos; para que tu, freqüentemente contemplando a terra, vós que sois homens vos vestis mais elegantemente que as mulheres casadas, e ambos, juntos, muito mais do que as solteiras, em todos os lugares adornando-vos em majestade, em magnificência, em autoridade, e em prata: mas ouro, púrpura, honra, e saúde, riqueza, como a água, fluirá.
11Erudição, portanto, e sabedoria, não serão vossas. Assim eles perecerão, junto com suas riquezas, com toda a sua glória, e com suas honras; Enquanto com desgraça, com matança, e em extrema penúria, seus espíritos serão confiados à fornalha de fogo. Eu jurei a vós, pecadores, que nem montanha, nem colina foram ou serão serviçais da mulher.
12Nem dessa maneira o crime foi enviado a vós sobre a terra, mas os homens de sua própria cabeça o inventaram; e aqueles que a ele deram eficiência, serão grandemente execrados. Gravidez não será previamente infligida à mulher; mas por causa das obras de suas mãos, elas morrerão sem filhos.
13Eu jurei a vós, pecadores, pelo Santo e pelo Grande, que todas as vossas más obras serão divulgados nos céus; e que nenhum de vossos atos opressivos serão escondidos e secretos.
14Não penseis em vossas mentes, nem digais em vossos corações, que todo crime não é manifestado e visto. No céu ele é diariamente escrito diante do Altíssimo. De agora em diante ele será manifestado; pois todo ato de opressão que vós cometerdes será será diariamente registrado, até o momento da vossa condenação.
15Ai de vós, ingênuos, pois perecereis na vossa simplicidade. Ao sábio não ouvireis, e aquilo que é bom, não obtereis. Agora, portanto, saibais que estais destinados ao dia da destruição; nem a esperança daqueles pecadores, viverá; mas com o passar do tempo morrereis; pois não sereis marcados para a redenção;
16Mas são destinados para o dia do grande julgamento, para o dia de aflição, e a extrema ignomínia de vossas almas. Ai de vós, obstinados de coração, que cometeis crimes, e vos alimentais de sangue. De onde é que vos alimenteis de coisas boas, bebeis e estais satisfeitos? Não é porque nosso Senhor, o Altíssimo, tem suprido abundantemente toda boa coisa sobre a terra? A vós lá não haverá paz.
17Ai de vós que amam os atos de iniqüidade. Por que esperais por aquilo que é bom? Sabei que sereis entregues nas mãos dos justos; os quais cortarão vossos pescoços, vos matarão, e não vos mostrarão compaixão.
18Ai de vós que vos regozijais no sofrimento dos íntegros; pois uma sepultura não será cavada para vós. Ai de vós que frustrais a palavra dos justos; pois para vós não haverá esperança de vida.
19Ai de vós que escreveis palavra de falsidade, e palavra de iniqüidade; pois vossas falsidades eles lembrarão, para que eles possam ouvir e não esquecer.
A eles não haverá paz; mas eles por certo morrerão repentinamente.
Capítulo 49
1Ai daqueles que agem impiamente, que louvam e honram a palavra de falsidade. Vós tendes sucumbido na perdição; e nunca tendes levado uma vida virtuosa. Ai de vós que mudado as palavras de integridade. Eles transgridem contra o eterno decreto;
2E fazem com que as cabeças daqueles que não são pecadores sejam pisadas sobre a terra. Naqueles dias vós, justos, terão sido julgados dignos de ter vossas orações elevadas em lembrança; e as depositarão em testemunho diante dos anjos, para que eles possam registrar os pecados dos pecadores na presença do Altíssimo.
3Naqueles dias as nações estarão subvertidas; mas as famílias das nações se levantarão novamente no dia da perdição. Naqueles dias aquelas que estiverem grávidas sairão, levarão seus filhos, e os abandonarão. Seus filhos fugirão delas, e enquanto amamentam-nos eles as esquecerão; eles nunca retornarão a elas, e elas nunca instruirão seus bem amados.
4Novamente eu juro a vós, pecadores, que crimes têm sido preparados para o dia de sangue, que nunca cessam. Eles adorarão às pedras, e ao ouro gravado, à prata, e às imagens de madeira. Eles adorarão espíritos impuros, demônios, e todo ídolo, nos templos; mas nenhuma ajuda será obtida por eles. Seus corações se tornarão ímpios por causa de sua loucura, e seus olhos estarão cegos com superstição mental. Em seus sonhos visionários eles serão ímpios e supersticiosos, mentindo em todas as suas ações, e adorando uma pedra. Eles perecerão completamente.
5Mas naqueles dias eles serão abençoados, a quem a palavra de sabedoria é entregue; o qual aponta e procura o caminho do Altíssimo; o qual anda no caminho da retidão, e não age impiamente com os ímpios. Eles serão salvos. Ai de vós que expandem o crime de vossos vizinhos; pois no inferno sereis mortos.
6Ai de vós que lançam a fundação do pecado e enganam, e sois amargos na terra; pois nela sereis consumidos. Ai de vós que constroem casas pelo labor dos outros, cada parte da qual é construída com tijolos e com a pedra do crime; Eu digo-vos que não obtereis paz.
7Ai de vós que desprezais a prorrogação da eterna herança de vossos pais, enquanto vossas alvas seguem atrás dos ídolos; pois para vós não haverá tranqüilidade.
8Ai daqueles que cometem iniqüidade, e dá ajuda à blasfêmia; que matam seus vizinhos até o dia do grande julgamento; pois vossa glória cairá; malevolência Ele colocará em vossos corações, e o espírito de ira vos incitará; para que cada um de vós pereça pela espada, Então os justos e os santos relembrarão vossos crimes.
9Naqueles dias os pais serão derrubados com seus filhos na presença uns dos outros; e os irmãos com seus irmãos cairão mortos: até que um rio fluirá de seu sangue.
10Pois um homem não conterá sua mão de seu filho, nem dos filhos dos seus filhos; sua misericórdia estará em matá-los. O pecador não conterá sua mão de seu irmão honrado. Desde o nascer do dia até o por do sol a matança continuará. O cavalo caminhará com dificuldade até à altura do seu peito, e a carruagem afundará até seu eixo no sangue dos pecadores.
11Naqueles dias os anjos descerão aos lugares de esconderijo, e reunirão em um lugar todos os que tem ajudado no crime. Naquele dia o Altíssimo se levantará para executar o grande julgamento sobre todos os pecadores, e para confiar a guarda de todos os justos e santos aos santos anjos, para que eles protejam-nos como à menina do olho, até que todo mal e todo crime seja aniquilado.
12Se os justos dormirem em segurança, ou não, homens sábios então verdadeiramente perceberão. E os filhos da terra entenderão toda palavra daquele livro, sabendo que suas riquezas não posem salvá-los da ruína de seus crimes.
13Ai de vós, pecadores, quando sereis afligidos por causa dos justos naquele dia da grande tribulação; sereis queimados no fogo; e recompensados de acordo com vossas obras.
14Ai de vós, perversos de coração, que estais cuidando para obter um acurado conhecimento do mal, e para descobrir terrores. Ninguém vos ajudará.
15Ai de vós, pecadores; pois com as palavras de vossas bocas, e com a obra de vossas mãos, tendes agido impiamente; na chama de um fogo ardente sereis queimados.
16E agora sabei, que os anjos no céu inquirirão pela vossa conduta; do céu, da lua, e das estrelas, e eles inquirirão a respeito dos vossos pecados; pois sobre a terra vós exercitareis jurisdição sobre os justos.
17Cada nuvem prestará testemunho contra vós, a neve, o orvalho, e a chuva; pois todos eles vos serão negados, para que não desçam sobre vós, nem se tornem subservientes aos vossos crimes.
18Agora então trazei presentes de saudação à chuva; para que, não sendo retida, ela possa descer sobre vós; e ao orvalho, se ele tiver recebido de vós ouro e prata. Mas quando a geada, a neve, o frio, todo vento nevado, e cada sofrimento que pertence a eles, cair sobre vós, naqueles dias sereis totalmente incapazes de permanecer diante deles.
Capítulo 50
1Considerai atentamente o céu, todos vós progênie do céu, e todas as obras do Altíssimo; temei-o, e não vos conduzais pecaminosamente diante dele. Se Ele fechar as janelas do céu, retendo a chuva e o orvalho, para que não desçam sobre a terra por causa de vós, o que fareis?
2E se Ele enviar ira sobre vós, e sobre todas as vossas obras, não sereis vós que podeis suplicar-lhe; vós que pronunciastes contra sua retidão, linguagem orgulhosa e potente. Para vós não haverá paz.
3Vós não vedes os comandantes dos navios, como seus barcos são arremessados contra as ondas, tornados em pedaços pelos ventos, e expostos aos maiores perigos?
4Que eles, portanto tremam, porque toda sua propriedade está embarcada com eles no oceano; e que eles reprimam o mal em seus corações, porque ele pode engoli-los, e eles podem perecer nele?
5Não é todo o mar, todas as suas águas e todo a sua comoção, obra dele, o Altíssimo; dele que selou todas as suas extensões, e cingiu-o em todo lado com areia?
6À sua reprovação, não é ele secado, e alarmado; enquanto todos os seus peixes com tudo o que está contido nele morre? E vós, pecadores, que estão sobre a terra, não O temerão? Não é Ele o criador do céu e da terra, e de todas as coisas que neles estão?
7E quem deu erudição e sabedoria a tudo o que se move e progride sobre a terra, e e sob o mar? Não ficam os comandantes do navio aterrorizados no oceano? E não ficarão aterrorizados os pecadores diante do Altíssimo?
8Naqueles dias, quando Ele lançar a calamidade do fogo sobre vós, para onde fugireis, e onde estareis a salvo? E quando Ele enviar sua palavra contra vós, não sereis poupados, e aterrorizados?
9 Todas as luminárias estão agitadas com grande temor; e toda a terra é poupada, enquanto elas tremem, e sofrem ansiedade. Todos os anjos cumprem os mandamentos que receberam dele, e estão desejosos de se esconder da presença da Sua grande glória; enquanto as crianças da terra estão alarmadas e angustiadas.
10Mas vós, pecadores, sereis amaldiçoados para sempre; para vós não haverá paz. Não temai, alma dos justos; mas esperai com paciência pelo dia vossa morte em retidão. Não vos aflijais porque vossas almas descem em grande sofrimento, com gemido, lamentação, tristeza, para o receptáculo dos mortos. No tempo da vossa vida vossos corpos não receberam a recompensa na proporção da vossa bondade, mas no período da vossa existência os pecadores existiram; no período da execração e da punição.
11E quando tu morreres, os pecadores dirão com respeito a ti: Como nós morremos, os justos morrem. Que proveito têm em suas obras? Eis que, igual a nós, eles expiram em tristeza e em escuridão. Que vantagem eles têm sobre nós? De hoje em diante nós somos iguais. O que haverá dentro do seu alcance, e diante de seus olhos para sempre? Pois eis que eles estão mortos; e nunca verão a luz novamente.
12Eu vos digo, pecadores: Vós tendes estado satisfeitos com carne e bebida, com pilhagem humana e rapina, com pecado, com aquisição de riqueza e com a visão de bons dias. Não tendes observado os justos, como o seu fim é em paz? Pois nenhuma opressão é encontrada neles, mesmo no dia da sua morte. Eles perecem, como se não existissem, enquanto suas almas descem em tristeza ao receptáculo dos mortos.
Capítulo 51
1Mas agora Eu juro vós, justos, pela grandeza de seu esplendor e de sua glória; por seu ilustre reino e por sua majestade, a vós Eu juro, que eu compreendo este mistério; que Eu leio a tábua do céu, tenho visto o registro dos santos, e tenho descoberto o que está escrito e impresso concernente a vós.
2Eu tenho visto que toda bondade, alegria e glória têm sido preparada para vós, e tem sido escrito pelos espíritos daqueles que morrem eminentemente justos e bons. A vós será dado em retorno pelas vossas aflições; e vossa porção de alegria excederá em muito a porção dos vivos.
3Os espíritos dos que morreram em retidão existirão e se regozijarão. Vossos espíritos exultarão; e vossa lembrança estará diante da face do Poderoso de geração em geração. Eles então não temerão a desgraça.
4Ai de vós, pecadores, quando morrerdes em vossos pecados; e aqueles, que são iguais a vós, dirão com respeito a vós: Abençoados são estes pecadores. Eles viveram todo o seu período; e agora morrem em alegria e em abundância. Angústia e matança eles não conheceram enquanto viviam; em honra eles morrem; nunca em sua vida o julgamento os surpreendeu.
5Mas, não tem sido mostrado a eles que, quando suas almas descerem ao receptáculo dos mortos, suas más obras se tornarão seu grande tormento? Em escuridão, em armadilha, e em chama, que queimará até o grande julgamento, seus espíritos entrarão; e o grande julgamento tomará efeito para sempre e sempre.
6Ai de vós; pois para vós não haverá paz. Nem podereis dizer aos justos e aos bons que vivem: Nos dias da nossa aflição nós fomos afligidos; todo tipo de tristeza nós vimos, e muitas coisas más nós temos sofrido.
7Nossos espíritos têm sido consumidos e diminuídos. Nós temos perecido; nem tem havido uma possibilidade de ajuda para nós em palavra ou em obra; nós: não temos encontrado, mas temos sido atormentados e destruídos. Nós não temos esperado viver dia após dia.
8Nós esperamos certamente, ter sido a cabeça;
Mas temos nos tornado a cauda. Nós temos sido afligidos, quando temos nos esforçados; mas temos sido devorados pelos pecadores e mundanos; seu jugo tem sido pesado sobre nós.
9Eles tem exercido domínio sobre nós, a quem eles detestam, e nos aferroam; e aqueles que nos odeiam tem humilhado nosso pescoço; e eles não têm mostrado compaixão para conosco.
10Nós temos desejado escapar deles, para que possamos fugir e descansar; mas não temos encontrado lugar para onde possamos fugir, e estar seguros deles. Nós temos procurado um abrigo com os príncipes em nossa angústia, e temos clamado àqueles que estão nos devorando; mas nosso clamor não tem sido considerado, nem estão eles dispostos a ouvir nossa voz;
11Mas antes, eles ajudam aqueles que saqueiam e nos devoram; aqueles que nos diminuem, e escondem sua opressão; os quais removem seu jugo de sobre nós, mas devoram, nos enfraquecem e nos matam; os quais escondem a matança, e não lembram que tem levantado suas mãos contra nós.
Capítulo 52
1Eu juro a vós, justos, que no céu os anjos registram vossa bondade diante da glória do Poderoso.
Esperai com paciente esperança; pois antigamente fostes desgraçados com o mal e com aflição; mas agora brilhareis como as luminárias do céu. Vós sereis vistos, e os portões do céu estarão abertos para vós. Vossos clamores têm clamado por julgamento; e ele tem aparecido a vós; pois um registro de vossos sofrimentos será requerido dos príncipes, e de todos os que tem ajudado vossos saqueadores.
2Esperai com paciente esperança; não renuncieis de vossa confiança; pois grande alegria será a vossa; como aquela dos anjos no céu. Conduze-vos como podeis, still não estareis escondidos no dia do grande julgamento. Não sereis como os pecadores; e a eterna condenação estará longe de vós, enquanto o mundo existir.
3Então não temais, justos, quando virdes os pecadores florescendo e prósperos em seus caminhos.
Não vos associeis a eles; mas mantende-vos distante de sua opressão; estejais associados às hostes do céu. Vós, pecadores, dizeis: Todas as nossas transgressões não serão tomadas em conta, e recordadas. Mas todas as vossas transgressões serão recordadas diariamente.
4E está assegurado por mim, que luz e escuridão, dia e noite, verão todas as vossas transgressões. Não sejais ímpios em nossos pensamentos; não mintais; não rendei a palavra de honestidade; não mintais contra a palavra do Santo e Poderoso; não glorificai vossos ídolos; pois todas as vossas mentiras e toda vossa impiedade não é para retidão, mas para crime.
5Agora eu aponto um mistério: Muitos pecadores se voltarão e transgredirão contra a palavra de honestidade. Eles falarão coisas más; eles pronunciarão falsidade; executarão grandes empreendimentos; e comporão livros em suas próprias palavras. Mas quando eles escreverem todas as minhas palavras corretamente em suas próprias linguagens.
6Eles não os mudarão ou os diminuirão; mas os escreverão todos corretamente; tudo o que desde o princípio eu tenho pronunciado concernente a eles.
7Outro mistério também eu aponto. Aos justos e aos sábios haverá livros de alegria de integridade e de grande sabedoria. A eles livros serão dados, nos quais eles acreditarão; E nos quais eles se regozijarão. E todos os justos serão recompensados, os quais deles adquirirão conhecimento de todo caminho elevado.
8Naqueles dias, diz o Senhor, eles chamarão aos filhos da terra, e os farão ouvir a sua sabedoria,lhes mostrarão que eles são seus líderes;
9E que remuneração tomará lugar sobre toda a terra; pois Eu e meu Filho para sempre manteremos comunhão com eles nos caminhos da retidão, enquanto eles estiverem em vida. A paz será deles. Regozijai, filhos da integridade, em verdade.
Capítulo 53
1Depois de um tempo, meu filho Matusalém tomou uma esposa para seu filho Lameque. Ela ficou grávida dele, e deu um filho, a carne do qual era tão branca quanto a neve, e vermelho como uma rosa; o cabelo de sua cabeça era branco como o algodão,e longo; e cujos olhos eram belos. Quando ele os abriu, ele iluminou toda a casa, como o sol; toda a casa abundou de luz.
2E quando ele foi tirado da mão da parteira, Lameque seu pai ficou com medo dele; e correndo veio ao seu próprio pai Matusalém e disse: Eu gerei um filho, diferente dos outros filhos. Ele não é humano; mas, assemelhando-se à geração dos anjos do céu, é de uma natureza diferente dos nossos, sendo completamente diferente de nós.
3Seus olhos são brilhantes como os raios do sol; seu semblante é glorioso, e ele parece como se não pertencesse a mim, mas aos anjos. Eu estou temeroso de que algo miraculoso deva acontecer na terra nestes dias.
4E agora meu pai, deixa-me pedir e requerer de ti ir ao nosso progenitor Enoque, e aprender dele a verdade; pois sua residência é com os anjos. Quando Matusalém ouviu as palavras de seu filho, e veio a mim nas extremidades da terra; pois ele estava informado de que eu estava lá: e ele chorou.
5Eu ouvi sua voz, e fui a ele dizendo: Vede, eu estou aqui, meu filho; já que tu vieste a mim. Ele respondeu e disse: Por causa de um grande evento eu venho a ti; e por causa de uma visão difícil de ser compreendida eu me aproximei de ti.
6E agora, meu pai, ouví-me; pois ao meu filho Lameque um filho nasceu, o qual não se parece com ele; e cuja natureza não é igual à natureza do homem. Sua cor é mais branca que a neve; ele é mais vermelho que a rosa; o cabelo de sua cabeça é mais branco que a lã; seus olhos são iguais aos raios do sól; e quando ele abriu-os ele iluminou toda a casa.
7Quando ele foi tomado ma mão da parteira, Seu pai Lameque temeu, e fugiu para mim, não acreditando que a criança pertencesse a ele, mas que ele assemelha-se aos anjos do céu. E eis que eu vim a ti para que possas me apontar a verdade.
8Então eu, Enoque, respondi e disse: O Senhor efetuará uma nova coisa sobre a terra. Isto eu tenho explicado, e visto numa visão. Eu tenho mostrado a ti que nas gerações de Jared meu pai, aqueles que estavam no céu desconsideraram a palavra do Senhor. Eis que eles cometeram crimes; deixaram de lado sua classe, e misturaram-se com mulheres. Com elas também eles transgrediram; casaram-se com elas e geraram filhos.
9Uma grande destruição, portanto virá sobre toda a terra; um dilúvio, uma grande destruição, tomará lugar em um ano. Esta criança que nasceu ao teu filho sobreviverá na terra, e seus três filhos serão salvos com ele. Enquanto toda a humanidade que está na terra morrerá, ele estará a salvo.
10E sua posteridade procriará na terra os gigantes, não espirituais, mas carnais. Sobre a terra uma grande punição será infligida, e ela será lavada de toda corrupção. Agora, portanto, informa ao teu filho Lameque que aquele que é nascido é seu filho na verdade; e seu nome será chamado Noé, pois ele será um sobrevivente.
11Ele e seus filhos serão salvos da corrupção que tomará lugar no mundo; de todo o pecado e de toda a iniqüidade que consumirá a terra em seus dias. Depois disso haverá uma impiedade maior do que aquela que antes havia se consumado na terra; pois eu estou familiarizado com santos mistérios, que o próprio Senhor descobriu e explicou a mim; e os quais eu li nas tábuas do céu.
12Nelas eu vi escrito, que geração após geração transgredirá, até que, até que uma raça de justo se levantará; até que transgressão e crime desapareçam da face da terra; até que toda bondade venha sobre ela. E agora, meu filho, vai dizer ao teu filho Lameque;
13Que a criança que é nascida é na verdade seu filho; e que não há decepção. Quando Matusalém ouviu as palavras de seu pai Enoque, o que lhe havia mostrado toda coisa secreta, ele retornou com entendimento, e chamou o nome da criança Noé; porque ele consolou a terra por causa de toda sua destruição.
14Outro livro, que Enoque escreveu para seu filho Matusalém, e para aqueles que deviam vir depois dele, e preservar sua pureza de conduta nos últimos dias. Tu, que tens trabalhado, esperará naqueles dias, até que os que praticam o mal sejam consumidos, e o poder do culpado seja aniquilado. Espera, até que passe o pecado; pois seus nomes serão apagados dos livros santos; sua semente seja destruída, e seus espíritos mortos.
15Eles clamarão e lamentarão na vastidão invisível, e no fogo sem fundo eles queimarão. Ali eu percebi, como se fosse uma nuvem através da qual não se podia ver; pois das profundezas dela eu fui incapaz de olhar para cima. Eu vi também uma chama de fogo ardente brilhante, e como se fossem montanhas brilhantes passando ao redor, e agitadas de lado a lado. No fogo sem fundo eles queimarão. Literalmente "no fogo eles queimarão, onde ali não é terra".
16Então eu inquiri de um santo anjo que estava comigo e disse: o que é esse esplêndido objeto? Pois não é céu, mas só uma chama de fogo que queima; e nela há o clamor de exclamação, de ai, e de grande sofrimento.
17Ele disse: Ali, àquele lugar que tu viste, serão confiados os espíritos dos pecadores e blasfemadores; daqueles que praticam o mal, e perverterão tudo o que Deus disse pela boca dos profetas; tudo o que eles deviam fazer. Pois com respeito a estas coisas ali haverá registros e serão impressos no céu, pára que os anjos possam lê-las e saber o que acontecerá aos pecadores e aos espíritos dos humildes;
18Áqueles que sofreram em seus corpos, mas têm sido recompensados por Deus; os quais têm sido injuriosamente tratados pelos homens iníquos; os quais têm amado a Deus, que não tem acumulado nem ouro nem prata, nem qualquer coisa no mundo, mas deram seus corpos ao tormento;
19A estes que no período de seu nascimento não tem estado cobiçosos de riquezas terrenas; mas tem se resguardado como um alento que passa. Tal tem sido sua conduta; em muito o Senhor os tem provado; e seus espíritos têm sido encontrados puros, para que eles possam abençoar Seu nome. Todas as suas bênçãos eu tenho relatado num livro; e Ele os tem recompensado; pois eles têm sido encontrados a amar o céu com uma eterna aspiração. Deus tem dito:
20Enquanto eles têm sido pisados por homens iníquos, eles têm ouvido deles insultos e blasfêmias; e tem sido ignominiosamente tratados, enquanto eles me abençoam. E agora eu chamarei os espíritos do bem da geração da luz, e mudarei aqueles que nasceram em escuridão; os quais não tem tido seus corpos recompensados em glória, como sua fé possa ter merecido.
21Eu os trarei para a esplêndida luz daqueles que amam meu santo nome: e Eu colocarei cada um deles em um trono de glória, da glória peculiarmente sua, e eles descansarão durante períodos inumeráveis. Retos são os julgamentos de Deus;
22Pois ao fiel ele dará fé nas habitações dos justos. Eles verão aqueles que tem nascido na escuridão, para a escuridão serão lançados; enquanto que os justos descansarão. Os pecadores clamarão, vendo-os, enquanto eles existem em esplendor e prosseguem em direção dos dias e períodos a eles prescritos.
FIM